21/01/2016 às 19h06min - Atualizada em 21/01/2016 às 19h06min

Brasil fechou 1,5 mi de vagas de emprego com carteira assinada

CORREIO DO BRASIL
Os setores que mais registraram queda foram a indústria de transformação e a construção civil

O Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho formal em 2015, representando queda de 3,74% em relação ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior. O estoque de empregos para o mês de dezembro de 2015 atingiu o total de 39.663.114, resultado inferior ao registrado em dezembro de 2014 (41,205 milhões) e de dezembro de 2013 (40,785 milhões).

Os setores que mais registraram queda foram a indústria de transformação e a construção civil – 608.878 e 416.959 vagas, respectivamente. A agropecuária foi o único setor que apresentou resultado positivo em 2015, com 9.821 postos de trabalho a mais do que no ano anterior.

De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o resultado é o pior já registrado desde 1992.

– 2015 foi um ano difícil. Os números não são bons. Mas as conquistas dos últimos anos estão preservadas, pois o estoque de empregos continua alto – disse.

– Não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas dos últimos anos. Continuamos com mercado formal elevado no país. Mesmo que os números não tenham sido positivos – reforçou Rossetto.

Os dados mostram que todas as grandes regiões do país reduziram o nível de emprego formal: Sudeste (-891.429 postos ou -4,09%), Nordeste (-254.402 postos ou 3,74%), Sul (-229.320 postos ou -3,08%), Norte (-100.212 postos ou -5,15%) e Centro-Oeste (-67.008 postos ou -2,08%).

Da mesma forma, todas as unidades da Federação apresentaram queda no contingente de vagas em 2015. As maiores retrações foram registradas em São Paulo (-466.686 postos ou -3,65%), Minas Gerais (-196.086 postos ou -4,58%), Rio de Janeiro (-183.686 postos ou -4,69%), Rio Grande do Sul (-95.173 postos ou -3,55%) e Pernambuco (-89.561 postos ou -6,43%).

O IBGE deve divulgar em 28 de janeiro a taxa de desemprego do país em dezembro. Em novembro, ela ficou em 7,5 por cento, numa ligeira melhora sobre o mês anterior, mas que foi beneficiada pelo registro sazonal de empregos de fim do ano.


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