14/08/2015 às 17h05min - Atualizada em 14/08/2015 às 17h05min

Levy: Alta do dólar gera momento favorável

No acumulado do ano, a moeda norte-americana registrou valorização de 32%

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Reuters/Whitaker

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que a alta do dólar frente ao real ajudará a indústria brasileira e que é preciso trabalhar duro para aprovar leis que melhorem o ambiente de negócios no país.

"O Brasil vai viver período muito favorável para a indústria por ajuste no câmbio", afirmou o ministro durante evento em São Paulo. No acumulado do ano, até a véspera, o dólar registrou valorização de 32%, o que melhora a competitividade dos produtos nacionais no exterior.

Hoje, US$ 1 custa R$ 3,46, pois a taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira medido em frações da moeda brasileira. Assim, a taxa cambial reflete o custo de uma moeda em relação à outra e, se o dólar aumenta, é sinal de que o real está enfraquecido. Mas o professor de economia da Universidade de São Paulo, Paulo Feldmann, explica que, como a moeda brasileira está barata frente à moeda estrangeira, a consequência é que quem tem dólar comprará com melhor custo-benefício os produtos brasileiros. Por isso, para os exportadores, a alta do dólar é positiva, pois a venda fica mais fácil. Mas, para quem importa produtos está mais difícil, pois o produto fica mais caro.

A alta do dólar, para a economia brasileira, é positiva, disse o economista. “Isso é uma das poucas coisas boas que têm acontecido na economia brasileira”.

O fato de o país não importar estimula a indústria brasileira, faz o dinheiro circular no mercado interno e comprar produtos do Brasil pelo preço que já estava. Nesta situação, as mercadorias nacionais não têm seu custo elevado nem reduzido.

A mudança esperada é de que muitos produtos importados, principalmente da China, começarão a ser fabricados no Brasil, conta Feldmann. “Os últimos anos foram muito ruins para a economia nacional, porque nossa moeda estava forte, portanto todo mundo preferia importar. Agora não dá mais para fazer isso”, concluiu o professor.


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