27/08/2015 às 14h32min - Atualizada em 27/08/2015 às 14h32min

Polícia prende suspeitos em ligação com explosões na China

CORREIO DO BRASIL
Membros da administração local e executivos são acusados de serem responsáveis pelo acidente que deixou ao menos 139 mortos

A China deteve formalmente 12 pessoas pelas explosões na cidade de Tianjin, ocorridas neste mês e que mataram pelo menos 145 pessoas, e acusou 11 funcionários e executivos portuários de negligência ou abuso de poder.

Entre os 11 suspeitos estão membros da administração pública local e vários diretores da empresa Tianjin International Ruihai Logistics, incluindo o presidente, Yu Xuewei, o vice-presidente, Dong Shexuan, e três diretores-gerais adjuntos, informou a agência de notícias oficial Xinhua, citando o Ministério da Segurança Pública.

O foco da investigação é saber como a companhia teve permissão para manipular cianeto de sódio e outros produtos químicos perigosos, apesar de estar localizada dentro de uma área estabelecida por lei como zona de segurança, próxima de residências e estradas. Os peritos também descobriram que o armazém continha muito mais químicos do que a empresa tinha capacidade de lidar e violou diversas normas sobre operações com produtos químicos.

Além disso, a investigação encontrou indícios de que fiscais do distrito portuário de Tianjin receberam suborno desta e de outras empresas para ignorar violações das normas de segurança.

O mais recente balanço oficial das explosões, divulgado na quarta-feira, é de 139 mortos, dos quais 84 bombeiros, oito policiais e 47 civis, sendo que 34 pessoas continuam desaparecidas. Dos mais de 700 feridos no acidente, 527 continuam hospitalizados, 34 em estado grave.

A tragédia ocorreu num terminal de contêineres do maior porto do norte da China, onde se estavam armazenadas cerca de 3 mil toneladas de produtos perigosos, incluindo 700 toneladas de cianeto de sódio, substância altamente tóxica.

O incidente provocou medo de contaminação do ar e da água de Tianjin, cidade com cerca de 15 milhões de habitantes. Amostras de água recolhidas na zona da explosão chegaram a apresentar um nível de cianeto de sódio 356 vezes superior ao permitido.


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