30/08/2015 às 08h45min - Atualizada em 30/08/2015 às 08h45min

Werdum espera Velasquez mentalmente melhor e avisa: “Vou ter que mostrar mais uma vez”

BAND/ Ag. Fight
Gaúcho e gremista, Werdum sonha em defender seu título em Porto Alegre – Reprodução

Fabrício Werdum quebrou a banca dos apostadores de plantão ao vencer o favorito Cain Velasquez em junho deste ano e se tornar campeão dos pesados (120 kg) do UFC. Detendo o cinturão do maior evento de MMA do mundo, o gaúcho poderia optar por pedir aos organizadores para enfrentar algum atleta de sua preferência, mas não foi isso que ele fez.

Aos 38 anos de idade, Werdum terá a complicada missão de defender pela primeira vez o seu título diante do mesmo Cain Velasquez, em duelo que ainda não tem data nem local definidos. O brasileiro conversou com a Ag. Fight e falou do porquê não desafiar atleta algum e aceitar a revanche.

“Nunca escolhi luta nenhuma na minha carreira. Sempre me ofereceram e eu fui fazendo. Só porque eu sou campeão não tenho que escolher. Se o UFC achou melhor a revanche e acha que será bastante vista pelos fãs… a galera quer ver e vai ser bom. O pessoal respeita bastante o Cain Velasquez pelo tanto que ele fez pelo esporte. Ele é um cara respeitoso e que não fala tanto antes da luta. Vou ter que mostrar mais uma vez (que sou melhor). Eu estando 100% não me importo que seja contra ele ou outro. O que importa é estar bem preparado física e mentalmente”, afirmou o campeão.

O primeiro duelo entre os dois aconteceu na ‘casa’ do americano de origem mexicana, ou seja, na Cidade do México. A mais de 2.000m de altura em relação ao mar, o local da luta foi um dos motivos dado pelo treinador de Velasquez, Javier Mendez, para a atuação do seu pupilo ter sido tão inferior a do brasileiro. Mas Werdum não gosta de colocar seu triunfo apenas neste fator e espera um adversário no mesmo nível, mas com o psicológico mais forte.

“Ele estava bem preparado, não virá mais preparado. Talvez apenas mentalmente, porque fisicamente ele estava bem. A altitude era para os dois, não só para ele. As pessoas dizem que o Cain Velasquez não estava acostumado com a altitude, mas aí é um problema dele. O mundo do esporte sabe, não só o MMA, como o futebol também. Todos sabem que o México tem o lance da altitude que atrapalha bastante. Por isso que eu fui para lá 40 dias antes. Fazia parte da estratégia. Acho que não foi apenas a altitude. Eu estava muito melhor e muito mais bem preparado do que ele fisicamente e mentalmente. O professor dele (Javier Mendez) disse que ele ia me dar uma surra ainda maior do que contra o Cigano e isso foi me fortalecendo. Eu vi que eles estavam com falta de confiança, porque estavam falando demais. Eu sei disso porque já aconteceu comigo quando me escondi atrás das palavras. Isso me deu mais força. Mas que ele estava bem preparado e eu apenas mostrei que estava melhor”, afirmou.

Mas apesar de não escolher adversário e estar pronto para mostrar mais uma vez que pode superar o difícil Velasquez, Werdum tem sim uma exigência. Como já enfrentou seu rival no território do inimigo, agora o campeão quer trazer a revanche para o Brasil. E de preferência em um estádio de futebol lotado.

“Não tem nada certo. Pode ser em Las Vegas ou no Brasil, mas vou fazer de tudo para ser em um estádio de futebol no Brasil. Tenho certeza de que lota. É uma revanche e, se colocar um bom card, vai lotar. Duas vezes eu fui lutar no México na casa do Cain Velasquez e agora quero levar essa luta para o Brasil. Seria o mais justo”, concluiu.


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