A taxa extra na conta de luz continuará em outubro. O governo divulgou nesta sexta-feira que a bandeira tarifária vermelha, que indica um maior custo na produção de energia elétrica, seguirá sendo cobrada no mês que vem. Isto significa um acréscimo de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A bandeira tarifária vermelha estava em R$ 5,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, mas, depois do desligamento das usinas termelétricas, o valor pôde ser reduzido.
O desligamento de termelétricas significa economia, porque elas têm custo de produção maior do que das hidrelétricas e precisaram ser usadas por causa do período sem chuvas.
Além de a bandeira vermelha não ter sido extinta, a conta de luz pode ficar ainda mais cara no Brasil, devido à mudança na metodologia de cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético, um encargo cobrado na tarifa.
A alteração foi feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), depois de uma liminar na Justiça que considerou irregular o pagamento pelas indústrias, que até então eram as únicas responsáveis pelo valor. Com isto, a diferença deve ser repassada ao consumidor residencial, o que representaria um aumento de até 8% na conta de luz.
A Aneel calcula que o valor anual a ser repassado aos consumidores residenciais é de cerca de R$ 1,6 bilhão. O impacto pode variar e deve ser autorizado, após o reajuste tarifário anual de cada distribuidora de energia.
A ação que desobrigou as empresas a serem responsáveis pelo encargo foi movida pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres.
Segundo a Rádio BandNews FM, em nota, a Aneel informou que continua tentando reverter a decisão na Justiça.