30/09/2015 às 16h29min - Atualizada em 30/09/2015 às 16h29min

Polícia investiga se padre abusou de confiança para fazer sexo com garota

CG/News
A polícia analisa o abuso da confiança (Foto: Fernando Antunes)

A Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) intimou todos os envolvidos e as testemunhas no caso da gravidez da adolescente de 16 anos, após um relacionamento com o padre Jocerlei José Tavares, vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Universitário. Se houve abuso de confiança, o padre será indiciado pela polícia.

De acordo com a delegada Daniela Kades, da Depca, todas as circunstâncias do crime serão analisadas pela polícia. Saber qual era o grau de confiança que ela tinha nele, se a adolescente era pupila do padre, para assim poder tipificar o crime. O caso não está sendo analisado como estupro de vulnerável, já que a menina possui mais de 14 anos.

A delegada ainda explicou que se o relacionamento foi consentido pelos dois, sem abuso de confiança, o padre não será autuado, porque não há crime. Jocerlei será ouvido ainda esta semana pela polícia.

A adolescente contou que à polícia que estava apaixonada pelo padre, tendo o relacionamento com ele desde fevereiro deste ano. Ela está grávida de aproximadamente cinco meses, conforme relatou na delegacia.

Abuso – De acordo com o registro da polícia, a mãe da vítima levou a adolescente até a Santa Casa no dia 23 deste mês. A garota estava inchada, então a mãe desconfiou de problemas renais, mas ao chegar ao hospital, a vítima contou que foi estuprada por um motociclista, porém não sabia quem era.

Na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), durante depoimento, a menina sustentou a versão de estupro, apontando que conversaria sobre o caso com a mãe, quando chegasse em casa. Na residência ela foi pressionada pelos irmãos e os pais para contar a verdade, quando revelou que o suspeito seria próximo a família e frequentava a igreja.

Com isso a irmã da menina sugeriu o nome do padre, sendo confirmado pela adolescente. A irmã contou a mãe que há alguns meses, Jocerlei enviou uma mensagem pelo aplicativo Whatsapp. A menina disse que o vigário pediu para ela enviar uma foto, porém ela se recusou. Este pedido que levantou a suspeita da irmã de que o religioso poderia ser o responsável pela gravidez.

A Arquidiocese de Campo Grande emitiu nota confirmando a gravidez da adolescente. O arcebispo metropolitano, Dom Dimas Lara Barbosa, informou que o sacerdote foi afastado do exercício público do ministério e irá prestar todos os esclarecimentos à polícia. Também frisou que vai ser dada assistência à adolescente e ao bebê.


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