O Vaticano negou nesta quarta-feira uma reportagem publicada na mídia italiana que afirma que o papa Francisco tem um tumor benigno no cérebro.
– A circulação de uma notícia completamente infundada sobre a saúde do Santo Padre por um jornal italiano é gravemente irresponsável e não merece atenção – disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, em comunicado.
– Além disso, como é claramente evidente, o papa continua sua atividade bastante intensa de forma totalmente normal – acrescentou.
Posteriormente, Francisco realizou sua audiência geral semanal diante de dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, e estava previsto que voltaria a participar de um encontro de três semanas com bispos católicos do mundo todo, ao qual ele tem comparecido diariamente.
O jornal Quotidiano Nazionale, de circulação nacional e com sede na região central da Itália, publicou em sua capa nesta quarta-feira que um médico japonês e sua equipe viajaram secretamente da Toscana para o Vaticano em um helicóptero com a bandeira do Vaticano para examinar o papa “alguns meses atrás”.
Segundo o jornal, o pontífice argentino foi diagnosticado com “uma pequena mancha negra no cérebro”, que seria curável.
Papa proclama novos santos
No último domingo, o papa Francisco, ao proclamar quatro novos santos católicos que viveram de forma simples e generosa, disse a padres e bispos que o serviço, e não a carreira, é a maneira de exercer a autoridade na Igreja.
– Aqueles que servem os outros e carecem de prestígio de fato exercitam autoridade genuína na Igreja – afirmou ele numa missa para cerca de 65 mil pessoas na Praça de São Pedro.
– Serviço é maneira pela qual a autoridade é exercida na comunidade cristã – disse ele, acrescentando que carreira, ambição, fama e triunfos mundanos eram “incompatíveis com o discipulado cristão”.
Na missa, ele proclamou quatro novos santos católicos, incluindo os pais de Santa Teresa de Lisieux, a freira francesa do século XIX, que é uma das figuras mais veneradas da Igreja. A “grande humildade e caridade” deles é um exemplo para todos, declarou o papa.
A canonização de Louis Martin e Marie Azélie Guérin marcou a primeira vez que um casal casado é declarado santo na mesma cerimônia e foi realizada para coincidir com uma reunião mundial de bispos para discutir maneiras de incentivar a vida em família.
Eles foram escolhidos para destacar o papel chave que os pais têm no desenvolvimento espiritual e humano dos filhos.
Francisco elogiou o casal por praticar “o serviço cristão na família, criando dia a dia um ambiente de fé e amor que alimentou a vocação das suas filhas”.
O casal teve nove filhos, quatro dos quais morreram ao nascer. Todas as cinco meninas se tornaram freiras, e uma delas é a Santa Teresa de Lisieux, que morreu de tuberculose em 1897 aos 24 anos.