30/10/2015 às 19h06min - Atualizada em 30/10/2015 às 19h06min

Cassação de Cunha está nas mãos dos indecisos, diz pesquisa

CORREIO DO BRASIL
Maior parte dos parlamentares se declarou favorável à cassação de Cunha

O futuro de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, está nas mãos dos parlamentares que, em pesquisa divulgada nesta sexta-feira, não se decidiram quanto à cassação do colega por quebra de decoro. Estudo divulgado na última edição do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, mostra que quase metade dos entrevistados (45%) acredita que Cunha deveria renunciar ao cargo. “Para 25%, ele deve permanecer. E 30% não se posicionaram sobre essa possibilidade”, acrescenta a pesquisa.

Cunha, além de investigado na Operação Lava Jato por manter contas secretas na Suíça, com dinheiro proveniente de propina, o que ele nega, mentiu aos integrantes da CPI da Petrobras ao afirmar que as contas não existiam. Em público, Cunha afirma que não há menor possibilidade de renúncia.

“O cuidado dos deputados em relação ao tema fica evidente quando eles são confrontados com a hipótese de ter de votar pela cassação de Cunha. Mais da metade (52%) não se posicionou nessa questão. Pouco mais de um terço (35%) disse que votaria a favor da cassação do peemedebista. E 13% votariam contra. O levantamento, que ouviu 63% dos deputados, foi feito entre 19 e 28 de outubro”, acrescenta.

Validade

O Instituto Datafolha, que promoveu o estudo, afirma que “devido às características do Congresso, a pesquisa tem limitações que não existem num levantamento de opinião pública convencional. A principal é em relação ao número grande de parlamentares que não aceitam participar da consulta. Todos os congressistas foram procurados pelo instituto, mas 37% não quiseram participar ou não foram encontrados”.

Além disso, muitos não se posicionaram em determinadas questões, “mesmo aceitando participar da pesquisa”, acrescenta.

— Há um número significativo de parlamentares escondendo o jogo. Os resultados finais indicam tendências gerais, mas não são representativos do total do Congresso — ressalva Mauro Paulino, diretor-geral do Instituto.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »