07/12/2015 às 17h07min - Atualizada em 07/12/2015 às 17h07min

Selic não muda em 2016, mostra BC

CORREIO DO BRASIL
Na última ata do Copom, o BC piorou sua previsão para a inflação neste ano e em 2016 e indicou que deve voltar a elevar os juros básicos em breve

Após o Banco Central afirmar que tomará as medidas necessárias para controlar a inflação, a perspectiva para a taxa básica de juros é de manutenção em 2016, e não mais de queda, ao mesmo tempo em que as expectativas de inflação continuaram subindo.

Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira aponta que os economistas consultados elevaram a estimativa para a Selic a 14,25% ao ano, ante 14,13% na mediana das projeções da semana anterior. Segundo o levantamento, a taxa deve permanecer no nível atual até janeiro de 2017, quando teria início um ciclo de afrouxamento monetário.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC piorou sua previsão para a inflação neste ano e em 2016 e indicou que deve voltar a elevar os juros básicos em breve.

No mercado de DIs, o documento levou operadores a apostar quase totalmente que a Selic será elevada em 0,50 ponto percentual em janeiro, dando início a um ciclo de aumento da taxa básica de juros que deve levá-la a pelo menos a 15,75%.

A expectativa de manutenção da Selic vem em meio ao cenário de inflação cada vez mais pressionada. A projeção no Focus para a alta do IPCA no fim de 2016 aumentou para 6,70%, enquanto para 2015 houve elevação para 10,44%. Em ambos os casos, a inflação estouraria o teto da meta.

Para este ano e o próximo, a meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Para a 2017, o centro da meta também é de 4,5%, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual.

Economistas reduziram levemente suas estimativas de alta dos preços em 2017, embora as projeções continuem acima do centro da meta. Segundo o relatório, o IPCA deve subir 5,10% em 2017, contra 5,12% no levantamento divulgado na semana passada.

Sobre a atividade econômica, as expectativas deram continuidade à trajetória de queda, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ter encolhido 1,7% no terceiro trimestre sobre o período anterior, no terceiro trimestre seguido de contração.

A perspectiva de contração este ano chegou a 3,50%, contra queda de 3,195% na semana anterior, enquanto que para 2016 a expectativa é de contração de 2,31%, sobre recuo de 2,04% projetado antes.


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