Preso desde o dia 25 de novembro acusado de atrapalhar as investigações da operação Lava Jato - da Polícia Federal que investiga esquema de corrupção na Petrobras -, o senador Delcídio do Amaral (PT) estaria em estado de depressão profunda e chorando muito, segundo fontes ligadas ao político.
No entanto, o deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT) disse que o colega passa bem. "Está tranquilo, sereno", declarou.
Na semana passada, a colunista Mônica Bergamo do jornal Folha de S. Paulo publicou que o petista teve claustrofobia após passar 24 horas em uma sala sem janelas.
Na sexta-feira, a diretoria nacional do PT decidiu suspender o senador, por 60 dias, e iniciar um processo no conselho de ética do partido, que pode resultar em sua expulsão.
Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro pela operação Lava Jato. A suspeita é que ele estaria atrapalhando as investigações ao oferecer fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que aceitou fazer delação premiada.
A prisão de Delcídio é preventiva, sem data definida para terminar. Ele foi foi gravado numa conversa com o advogado e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, em que prometeu conversar com ministros do STF para libertar o ex-diretor e sugeriu plano de fuga para a Espanha passando pelo Paraguai.
Na conversa, Delcídio também oferece R$ 50 mil mensais ao filho de Cerveró em troca de o ex-diretor da Petrobras não citar o senador em depoimento de delação premiada.