O ato em Campo Grande a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou às 16h52 (de MS) no Obelisco, um dos pontos turísticos da capital de Mato Grosso do Sul. O protesto estava marcado para as 16h (de MS).
Durante a concentração, um grupo de capoeirista se apresentou e os manifestantes tentaram fechar o trânsito da avenida Afonso Pena. O "Boboberto Topeira" subiu no trio elétrico antes do ato e foi vaiado pelos manifestantes. Segundo os organizadores, o boneco é uma representação do deputado federal pelo estado, Dagoberto Nogueira (PDT) e seria o único que vota contra o impeachment.
A manifestação começou com uma oração do Pai Nosso e o Hino Nacional tem a participação de crianças, cadeirantes, grupo de capoeira, motoqueiros, idosos, adolescentes, adultos. Segundo os organizadores, o ato começou com cerca de 4,5 mil pessoas. A Polícia Militar informou que cerca de 1,2 mil pessoas participaram.
O trânsito na região central da cidade ficou parcialmente prejudicado. Os manifestantes percorreram uma das vias da avenida e, por onde passaram, os motoristas tiveram que esperar para cruzar.
Integrante do movimento Pátria Livre, a dona de casa Juliana Gaiozo Pontes, de 42 anos, disse que o protesto é dar apoio ao movimento nacional. Ela decidiu participar do grupo porque não aguenta tanta corrupção.
"Como o Cunha acolheu o Impeachment, nós não estamos coordenando o protesto, estamos aqui espontaneamente", afirmou Juliana.
O motoclube "Guaras do Asfalto" também apoiou o movimento. O motoqueiro Pedro Calderan afirmou que participa desde o primeiro protesto em junho de 2013.
"Vim hoje pelo mesmo motivo que vou desde os primeiros protestos: o impeachment da Dilma. Quero nossos direitos. Eu e meu grupo viemos espontaneamente protestar", destacou Calderan.
Faixas foram presas no Obelisco pedindo aos motoristas que passam pelo local para buzinarem como forma de apoio. Os condutores têm colaborado com as buzinas que se misturam à música que embala o movimento.
Durante o percurso pela avenida Afonso Pena, sentido Cidade do Natal, os manifestantes lembraram do senador Delcídio do Amaral (PT) que foi preso por atrapalhar as investigações da operação Lava Jato. Eles gritam: "Fala Delcídio", fazendo referência à delação premiada.