O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou que os militares passem a responder, com extremo rigor, a quaisquer ameaças sofridas por eles na Síria. Mas orientou também que as Forças Armadas de seu país passem a colaborar com os países que têm o EI como inimigo comum.
— Quero alertar a aqueles que estiverem novamente tentando organizar quaisquer tipos de provocações contra nossos soldados. Nós já tomamos medidas adicionais para garantir a seguranças de militares russos e da nossa base aérea [na Síria]. Ela foi reforçada com novas esquadrilhas e sistemas de defesa anti-aérea – disse Putin.
O presidente destacou, ainda, que”todas as ações da aviação de ataque estão sendo realizadas sob cobertura de caças. Ordeno agir com extremo rigor. Quaisquer alvos que ameaçarem a esquadrilha russa ou a nossa infra-estrutura de solo estão sujeitos a destruição imediata”.
Em paralelo a isso, Putin encorajou os militares russos a desenvolver a cooperação com outros países que também estão interessados em eliminar os extremistas islâmicos. Nesse sentido, ele destacou que a Força Aeroespacial russa coopera com a Força Aérea israelense e a aviação da coalizão internacional liderada pelos EUA para evitar incidentes.
Desde 30 de setembro a Rússia realiza na Síria uma operação militar contra o Daesh e outros grupos terroristas a pedido do Presidente Bashar Assad
A guerra civil na Síria dura desde 2011 e já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo os dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico).
Os EUA, que lideram uma coalizão internacional na região, exigem a renúncia do presidente da Síria Bashar Assad e são contrários ao fornecimento de qualquer ajuda a Damasco. A Rússia, por sua vez, busca o diálogo entre as partes do conflito e exorta a coalizão a cooperar com as autoridades sírias sob a égide do Conselho de Segurança da ONU na luta contra o Daesh.