03/01/2016 às 19h09min - Atualizada em 03/01/2016 às 19h09min

Três Lagoas deve gerar 40 mil novos empregos até 2017

Expansão do setor de celulose deve contribuir para recuperação da economia

CORREIO DO ESTADO
Economia de Três Lagoas deve voltar a crescer neste ano (Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado)

Depois de meses fechando com saldos negativos, o mercado de trabalho de Três Lagoas apresenta sinais de recuperação. Em novembro do ano passado (último dado), a cidade voltou a ocupar o primeiro lugar em Mato Grosso do Sul no ranking do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, com criação de 114 vagas. Além disso, devem ser gerados, neste ano e em 2017, mais 40 mil novos empregos com a expansão do setor de celulose. 

Três Lagoas, que já foi um dos maiores polos de emprego de Mato Grosso do Sul, acumulou em 12 meses, encerrados em novembro de 2015, saldo -2824 postos de trabalho.  Em 2014, a situação foi ainda pior, com fechamento de 6.532 empregos no acumulado do mesmo período. Em outubro, o  mercado começou a sinalizar melhora e avançou ainda mais em novembro. Nesse último mês, foram criadas 114 vagas, resultado superior a de igual período de 2014, quando o saldo foi negativo em 1.023 empregos. 

As estatísticas de emprego devem avançar ainda mais em razão de investimentos feitos pelas fábricas de celulose da Fibria e da Eldorado. A estimativa é de criação de 10 mil empregos durante as obras e, até 2017, geração de mais 40 mil postos de trabalho . 

O crescimento do desemprego em Três Lagoas desde 2014 decorre, sobretudo, da paralisação das obras da UFN3, consórcio que foi responsável pela construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras. 

Expansão do setor de celulose impulsiona crescimento

A suspensão por tempo indeterminado das obras resultou em desemprego em níveis recordes e impactos negativos em diversos da economia.

Para a prefeita Márcia Moura, a melhora da quantidade de postos de trabalho, representa uma significativa mudança no município, já em decorrência das ampliações das fábricas da Fibria e da Eldorado.  Ela avalia que a oferta de empregos já mudou. 

“As duas fábricas já está atraindo trabalhadores, que estão sendo capacitados. Com isso, nossos hotéis e restaurantes também passaram a ter novo fluxo e desta forma geramos ainda outras vagas e oportunidades”, ressaltou. 

Tanto a Fibria quanto a Eldorado Brasil devem abrir inicialmente no período de obras em torno de 4 mil vagas chegando até 10 mil no pico da construção. 

O diretor de comércio e Industria Diógenes Marques, explica que essa melhora da oferta de empregos também faz parte do otimismo do empreendedor que sabendo das ampliações ganham novo ânimo e passam a acreditar novamente em investimentos para geração de serviços as duas indústrias. 

​CRIAÇÃO DE EMPREGOS

Em todo o ano passado, foram poucos os meses que Três Lagoas conseguiu atingir saldo positivo de geração de empregos. A melhora teve início em outubro, quando a cidade havia conseguido gerar 83 novos postos de trabalho no estoque. Naquele mês, a construção civil havia sido a responsável pelo resultado, ao criar, sozinha, 129 novos empregos, segurando as demissões em outros setores, como o da indústria.

Em todo o Estado, somente quatro municípios com mais de 30 mil habitantes (únicos avaliados no ranking) fecharam com saldo positivo. Em segundo lugar, aparece Coxim, com 21 novas vagas e Ponta Porã, em terceiro, com 15 novos empregos no estoque. Campo Grande, em contrapartida, caiu para a última posição, com 570 postos de trabalho fechados somente no mês passado.

Em novembro do ano passado, os dados do Caged mostraram que o setor agropecuário foi o responsável por garantir saldo positivo de empregos. O segmento encerrou o mês passado com 129 novos postos de trabalho criados em Três Lagoas, saldo obtido através das 288 admissões contra 159 demissões.

Além da agropecuária, a construção civil também voltou a fechar com saldo positivo de geração de empregos. Foram 66 novos postos de trabalho com carteira assinada criados para atender o setor. Esses dois segmentos da economia ajudaram a segurar as demissões em outras atividades.


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