09/07/2015 às 17h09min - Atualizada em 09/07/2015 às 17h09min

Foco do escândalo de corrupção na Fifa, Chuck Blazer é banido do futebol

Comitê de Ética da entidade pune o ex-secretário-geral da Concacaf e personagem determinante na investigação feita pelas polícias dos Estados Unidos e da Suíça

G1 - Globoesporte
Abalada com o escândalo, Fifa "expulsa" Blazer do futebol (Foto: Getty Images)

Réu confesso e personagem central nas investigações da Justiça norte-americana sobre a corrupção na Fifa, Chuck Blazer foi banido do futebol. Em comunicado oficial, o Comitê de Ética da Fifa divulgou a punição do ex-secretário-geral da Concacaf, que ajudou a esclarecer o envolvimento de diversos dirigentes no escândalo de corrupção deflagrado em junho pelas polícias dos Estados Unidos e Suíça envolvendo a entidade maior do esporte. 

- Em suas posições como um executivo de futebol, ele foi uma peça chave em esquemas envolvendo a oferta, aceitação, pagamento e recebimento de dinheiro não divulgados e ilegais, subornos e propinas, bem como outros esquemas para fazer dinheiro – revelou o comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Aos 70 anos, Blazer é alvo de dez acusações, incluindo suborno, lavagem de dinheiro e evasão fiscal, todas em 2013. Foco do escândalo que abalou as estruturas organizacionais do futebol mundial, o ex-dirigente fez um acordo de confissão revelando todos os benefícios recebidos e revelando detalhes das transações em que esteve envolvido. Em troca de "informações verdadeiras, completas e precisas", Blazer conseguiu imunidade judicial e evitou uma pena que poderia chegar a até 75 anos de prisão.

Blazer foi pego no meio da rua pelo FBI e pelo IRS, o serviço de imposto de renda americano. Ele teve que escolher entre ir para a cadeia ou colaborar com as autoridades. Blazer se entregou - e entregou tudo o que sabia. Por isso, seu caso é exemplar e oferece uma espécie de "manual da corrupção" de cartolas. 

Ele admitiu a prática de suborno na entidade máxima do futebol - envolvendo já a escolha da sede da Copa do Mundo de 1998, na França (a propina seria por votos a favor de Marrocos), e também confirmando o pagamento de propina a favor da África do Sul como local do Mundial de 2010. No material, o juiz Raymond Dearie trata a Fifa como uma "organização criminosa influenciada por extorsão".


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