26/01/2017 às 12h56min - Atualizada em 26/01/2017 às 12h56min

Grupo recebe licença prévia para instalar usina no Pantanal de MS

Grupo baiano pretende instalar termelétrica no município de Ladário. Capacidade da usina será de energia para cidade de 1 milhão de habitantes.

Do G1 MS
G1

O governo de Mato Grosso do Sul concedeu na terça-feira (24) licença ambiental prévia para os estudos de implantação de uma usina termelétrica a gás natural em Ladário, a 410 quilômetros de Campo Grande, na região do Pantanal Sul-Mato-Grossense. A estimativa de investimento do grupo baiano GPE (Global Participações em Energia) é de R$ 900 milhões. Será a primeira termelétrica na região pantaneira. O Pantanal foi declarado pela Unesco como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.

A licença foi autorizada na terça-feira (24) pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, na presença da governadora em exercício, Rose Modesto, e de empresários do grupo investidor. “Vou me sentir muito gratificada em chegar àquela região e anunciar um grande empreendimento, que, sem dúvidas, vai fomentar o desenvolvimento e gerar empregos e renda em uma parte do Estado que precisa de grandes investimentos”, disse a governadora.

A usina termelétrica terá capacidade para gerar 267 MW de energia, suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes, e irá adquirir 1,2 milhão de m³/dia de gás natural diretamente da Bolívia, por meio do ramal do gasoduto que abastece o Brasil.

Atuando há mais de 16 anos no mercado energético, a GPE se instalará aos fundos da subestação de energia do grupo Elecnor, situada em frente ao Sindicato Rural de Corumbá, mas em área de Ladário. O município de Ladário é um enclave de Corumbá .

O diretor do grupo, Valfredo Ribeiro Filho, disse à assessoria de imprensa do governo sul-mato-grossense que a licença prévia expedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) é um passo importante para que a nova usina possa participar dos leilões de mercado, ainda este ano, e, de posse de contratos de venda de energia, assegurar a contratação do gás natural da Bolívia.

De posse da licença de instalação, que depende do cumprimento de vários itens ambientais, a empresa terá prazo de cinco anos para construir o empreendimento. “Já atuamos em regiões de relevância ambiental para o mundo, como o bioma amazônico, e o projeto de Ladário tem como pré-requisito a sustentabilidade, o respeito e o cumprimento de todas as normas socioambientais que o Pantanal exige”, garantiu Filho.

A usina de Ladário vai gerar 500 empregos diretos e 2 mil indiretos na sua construção.


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