Polícia Civil investiga denúncia de suposta tentativa de "carteirada" do vereador de Paraíso das Águas, José Divino Francisco da Silva, o Fio do Povo (PSB), para tentar livrar a filha de uma Blitz, na manhã de hoje, próximo a Câmara Municipal da cidade. Polícia Militar afirma que ele tentou usar do cargo para obter vantagem. Parlamentar nega as acusações.
De acordo com a PM, durante blitz foi abordado um Ford Fiesta, que era conduzido pela filha do vereador. Momentos depois, Fio do Povo chegou ao local e teria gritado que estava sendo perseguido pelos policiais e, de forma alterada, pegou o celular e disse que iria ligar para o Secretário estadual de Segurança Pública, José Carlos Barbosa, o Barbosinha.
Ainda na versão dos militares, vereador os ameaçou afirmando que eles seriam “removidos para bem longe” e que “sofreriam as consequências”.
Fio do Povo teria tentado atrapalhar os trabalhos policiais, disse que era autoridade e o carro da filha não poderia ter sido abordado e anotou os nomes dos militares em um caderno.
Policiais se sentiram ofendidos e humilhados por conta da situação, que teria ocorrido na frente de várias pessoas, e registraram boletim de ocorrência por ameaça e desacato na Delegacia de Polícia Civil.
Em sua defesa, vereador afirmou que presenciou o momento em que a guarnição abordou sua filha, que estava em um carro estacionado, e solicitou que ela apresentasse a carteira nacional de habilitação (CNH).
Mulher informou que não estava com o documento e pediu que os policiais aguardassem que ela pediria ao irmão para levar a CNH.
Segundo o parlamentar, ele também presenciou quando uma idosa, ao passar pela blitz também sem documentação, foi liberada de imediato.
Dessa forma, decidiu questionar os policiais sobre o motivo de sua filha ter sido notificada e a outra mulher não, perguntando se a lei não era para todos e que os mesmos estavam deixando de cumprir uma obrigação. Militares teriam dito para que ele procurasse seus direitos.
Fio do Povo nega que tenha citado o secretário Barbosinha ou qualquer outra autoridade do Estado e afirma que não ameaçou os policiais. Ele também procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência por preservação de direito.