28/02/2017 às 14h55min - Atualizada em 28/02/2017 às 14h55min

Projeto quer levar debates contra machismo para dentro das escolas

Projeto quer conscientizar os estudantes e comunidade escolar

Leonardo Rocha
Campo Grande News
Estudantes podem participar de campanhas e debates, que combatam o racismo (Foto: Chico Ribeiro - Assessoria)

As escolas da rede estadual podem promover campanhas e debates contra o machismo, com a intenção de conscientizar os estudantes em relação à prática de violência física ou verbal contra as mulheres. É o que defende o projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) na Assembleia Legislativa.

A proposta prevê uma série de atividades neste sentido, como capacitação de equipe pedagógica e demais trabalhadores da educação, assim como realização de debates no ambiente escolar, com a participação da comunidade, sociedade civil e meios de comunicação.

As campanhas educativas contra o machismo devem coibir atos de agressão, discriminação, humilhação, intimidação, constrangimento ou violência contra as mulheres, que tem índices acima da média nacional, em Mato Grosso do Sul.

O autor explica que a ideia faz parte de uma indicação de militantes da "Marcha Mundial de Mulheres", que já levaram a proposta a outros estados, como o Distrito Federal, onde se tornou lei. "As escolas, embora não possam dar conta de resolver todos os problemas sociais, podem ser uma forte aliada para repassar mensagens positivas".

Kemp ainda justifica que é justamente no ambiente escolar, que muitas vezes esta discriminação começa a se tornar aparente, portanto, como instituição social, pode contribuir para o combate a este problema, ajudando na formação de uma "moral coletiva".

A proposta ainda garante que as campanhas não devem trazer custos a administração estadual, além de não interferir na matriz curricular da rede de ensino. Entre os dados citados, está o Mapa da Violência de 2015, onde Mato Grosso do Sul apresenta a maior taxa de mulheres vítimas de violência sexual, física ou psicológica.

O projeto segue para as comissões permanentes, para depois ser votado em plenário pelos deputados estaduais. Caso seja aprovado, ainda passa pelo crivo do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), que pode sancionar ou vetar a proposta.


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