12/03/2017 às 12h02min - Atualizada em 12/03/2017 às 12h02min

Arqueólogos encontram estátua de Ramsés II em favela do Egito

Galileu
Estátua foi desenterrada - Divulgação

Uma estátua gigantesca de quartzito foi encontrada em pedaços por arqueólogos egípcios e alemães. Ela estava submersa no lodo de uma favela nos arredores do Cairo, no Egito. Estudiosos acreditam que a imagem seja a representação do antigo faraó Ramsés II, o Grande, que governou o local há mais de 3 mil anos.

Um dos motivos para a hipótese é o fato da favela, localizada em Mataryia, ter sido construída onde, antigamente, a cidade de Heliópolis se encontrava. Constratando com sua  atual condição precária, a região era considerada a morada do Deus Sol,  e muitos monumentos eram erguidos lá.

Os destroços foram achados perto de um dos maiores templos do Egito, feito sob as ordens de Ramsés II em homanagem à divindidade solar. Por isso mesmo, os arqueólogos acreditam que a imagem represente o faraó, mesmo ainda não tendo identificado com totalidade de quem se trata a figura. 

Segundo um dos pesquisadores, Dietrich Raue, até agora o grupo resgatou a cabeça e o peitoral da estátua. Ainda restam as partes inferiores da imagem, entre elas a base e as pernas. Acredita-se que ela possua oito metros no total. 

A descoberta foi considerada uma das mais importamtes do século pelo Ministério das Antiguidades do país. Segundo o grupo de estudiosos, ela é importante para mostrar o quanto o templo perto do qual estaria era grandioso. A instalação sofreu vários danos durante o período grego-romano, entre 332 a.C. e 395 d.C. A maioria de seus obeliscos e estátuas foram levados para a Alexandria e Europa. O resto desapareceu entre os séculos oito e treze, só sobrando os blocos, que constituem o Cairo Antigo.

Os arqueólogos continuarão a procurar mais vestígios e se conseguirem as peças restantes, irão expor a figura em frente ao Grande Museu Egípcio, em 2018.


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