04/04/2017 às 01h00min - Atualizada em 04/04/2017 às 01h00min

Deputados a favor da reforma da previdência perdem apoio do eleitor, aponta enquete

Leitores afirmam que, nas próximas eleições, não votariam nos políticos que apoiam o projeto

Amanda Amaral
Top Mídia News
Foto: Arquivo TopMídiaNews

 

 

Para 89% dos participantes de enquete do TopMídiaNews, os deputados federais que são a favor da reforma da previdência não merecem ser eleitos novamente. A minoria, 11%, alegou que o apoio à proposta que muda o direito dos trabalhadores não seria motivo para deixar de votar nos políticos nas próximas eleições.

Até então, maior parte da bancada que representa Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados se declarou contra os termos atuais do texto que foi apresentado pelo Governo Federal. O texto, encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo em dezembro do ano passado, tem recebido críticas de deputados da base aliada e da oposição, além de ser alvo de protestos em todo o país.

Entre os oito deputados, apenas Carlos Marun (PMDB) é declaradamente a favor do projeto, já que é presidente da comissão especial que elaborou a proposta. No dia 15 de março, manifestantes acamparam em frente ao condomínio residencial do parlamentar, em Campo Grande, como forma de repúdio ao peemedebista.

O restante da bancada, formada por Zeca e Vander Loubet, ambos PT, Dagoberto Nogueira (PDT), Elizeu Dionísio (PSDB), Geraldo Rezende (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM)e Tereza Cristina (PSD), se declararam contra a versão atual do projeto, que determina o mínimo de 49 anos em tempo de contribuição, para validar acesso ao benefício integral.

O ponto que mais tem gerado críticas é o que determina a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com a contribuição mínima de 25 anos. Atualmente não existe uma idade mínima para se aposentar, basta alcançar o tempo mínimo de contribuição, que é 30 anos para mulheres e 35 para homens, podendo incidir o fator previdenciário.

O fator atua como um redutor no cálculo do valor integral com o objetivo de evitar que a pessoa se aposente muito cedo. Para receber a integralidade do benefício vale a chamada regra 85/95, aprovada em 2015, que leva em consideração o número de pontos alcançados somando a idade e o tempo de contribuição. No caso das mulheres, a soma tem que dar 85 e no dos homens, 95.

Pressionado, o governo decidiu retirar do projeto os servidores públicos estaduais e municipais. A previsão é que o relatório seja votado na comissão especial que analisa a proposta na próxima semana, para depois o projeto ir a plenário.


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