13/06/2017 às 17h19min - Atualizada em 13/06/2017 às 17h19min

Quadrilha que contrabandeava armas estava disposta a matar ou morrer para libertar chefe em MS, diz PF

Foram presos três jovens de 21, 22 e 23 anos e uma mulher, de 25 anos, que era namorada do preso e responsável por toda a logística do grupo.

Thatiana Melo e Arlindo Florentino
Midiamax
Arlindo Florentino

oram muitos armamentos apreendidos. Pistolas de uso restrito, espingardas calibre 12 e coletes balísticos. Isso indica que eles estavam prontos para matar ou morrer”. Assim o delegado da Polícia Federal, Caio Martins, definiu como a quadrilha presa nesta terça-feira em Campo Grande, que era especializada em contrabandear armas para o Rio de Janeiro, se preparava para tentar libertar o líder do grupo, que está detido em um estabelecimento penal da capital de Mato Grosso do Sul.

Foi presa a namorada do presidiário que seria resgatado e mais três rapazes, de 21, 22 e 23 anos, que também participariam da ação. Na casa da jovem de 25 anos foi apreendida uma pistola calibre 9 milímetros municiada e ainda R$ 8 mil. O delegado apontou que a garota era o braço do suspeito fora da prisão, sendo encarregada de providenciar toda a logística que a quadrilha precisava para suas ações, como armas, veículos e dinheiro.

 
Armas, coletes e munições apreendidas em operação contra quadrilha (Foto: PF/ Divulgação)

Armas, coletes e munições apreendidas em operação contra quadrilha (Foto: PF/ Divulgação)

Armas, coletes e munições apreendidas em operação contra quadrilha (Foto: PF/ Divulgação)

Armas, coletes e munições apreendidas em operação contra quadrilha (Foto: PF/ Divulgação)

Armas, coletes e munições apreendidas em operação contra quadrilha (Foto: PF/ Divulgação)

Em outro imóvel alugado pelo grupo, os policiais apreenderam mais cinco pistolas, duas armas longas de grosso calibre e os coletes, e prenderam três homens. Conforme a PF, tudo está relacionado ao resgate do presidiário marcado para 19 de junho, quando o suspeito seria levado para receber atendimento em uma clínica médica. No caminho, aconteceria o resgate. “Para que o plano desse certo eles estavam dispostos até a matar agentes penitenciários e policias”, diz Martins.

Além das armas, dinheiro e colete, foram apreendidos ainda um carro e uma motocicleta de alta cilindrada. Os policiais também estiveram em um terceiro imóvel alugado pelo grupo e na cela do detento apontado como líder da quadriha, no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima. Na cela foram encontrados três celulares.

Esta seria a seria a segunda tentativa de resgate do presidiário. A primeira foi em março deste ano quando o detento ainda cumpria pena no Presídio de Segurança Média de Três Lagoas.

 

Tráfico e investigação

 

Conforme a PF, após a tentativa de fuga, o presidiário foi transferido para Campo Grande e passou a contrabandear armas do Paraguai para a região sudeste do país, principalmente o Rio de Janeiro.

Quando transferido de unidades penais, o detento passou a contar com o apoio da namorada e dos demais rapazes para o tráfico e planejamento do segundo resgate.

O líder da quadrilha cumpre pena pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio, é investigado pelo contrabando de armas e aguarda julgamento por uso de documento falso e porte ilegal de arma de fogo.

 

Operação

 

As prisões fazem parte da operação Cerebreus, deflagrada pela PF, Agência Estadual de Administração de Serviços Penitenciários (Agepen) e Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque).

Os mandados de prisão, busca e apreensão e de condução coercitiva foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Três Lagoas.

 
Motocicleta apreendida em um dos imóveis alugados pelos suspeitos (Foto: PF/ Divulgação)

Motocicleta apreendida em um dos imóveis alugados pelos suspeitos (Foto: PF/ Divulgação)

Motocicleta apreendida em um dos imóveis alugados pelos suspeitos (Foto: PF/ Divulgação)

Motocicleta apreendida em um dos imóveis alugados pelos suspeitos (Foto: PF/ Divulgação)

Motocicleta apreendida em um dos imóveis alugados pelos suspeitos (Foto: PF/ Divulgação)

O nome da operação, Cerberus, faz alusão à criatura responsável por impedir a fuga das almas de criminosos que tentavam escapar do inferno, segundo a mitologia grega.


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