16/07/2015 às 15h28min - Atualizada em 16/07/2015 às 15h28min

Barack Obama e Putin evitam discutir defesa antimíssil

CORREIO DO BRASIL
Os presidentes dos EUA e da Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin

Durante a última conversa telefônica os presidentes dos EUA e da Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, coordenadamente, não discutiram o tema dos sistemas da defesa antimíssil que os Estados Unidos planejam implantar na Europa Ocidental, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov nesta quinta-feira.

O porta-voz russo disse que os dois líderes mantiveram uma conversa construtiva, mas este fato não significa que as divergências entre os dois Estados estão retiradas da agenda.

– Não, o tema (dos sistemas de defesa antimíssil) não foi discutido. O Irã foi debatido, bem como o tema de ações conjuntas na resolução (do problema iraniano), mas o tema (dos sistemas norte-americanos de defesa antimíssil).

Segundo disse Peskov aos jornalistas, a conversa foi iniciada pela parte americana.

– A conversa foi construtiva, mas é óbvio que tais conversações não retiram as divergências (da agenda) e não a afetam, mas, mesmo assim, eles são úteis do ponto de vista que é a demonstração da solução de questões por via do diálogo, o que é, certamente, satisfatório.

Quando perguntado se os dois presidentes se entenderam no quesito da Síria e do presidente Bashar Assad, Peskov disse que “os presidentes sempre se entendem, mas outra coisa é se eles concordam ou não”.

Lembramos que na terça-feira o Irã e o sexteto de mediadores internacionais (composto por EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) chegaram ao acordo e a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, declarou que a partir de agora existe a certeza de que “o programa nuclear do Irã será exclusivamente pacífica“.

Mas, não obstante o acordo e a promessa de Obama feita em 2009 de retirar os sistemas de DAM da Europa, os EUA não excluem a necessidade da presença da defesa antimíssil na Europa frente à ameaça dos mísseis balísticos de Teerã.

Enquanto isso, a Rússia tem repetidamente declarado a sua preocupação com a criação dos sistemas de defesa antimíssil na Europa, aprovada durante a cúpula da OTAN em 2010.


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