Fotos: Josimar MirandaSob o tema “Quando acabar o maluco sou eu – Pantanal Canta Raul”, aconteceu no último sábado (15/07) no Woodstock Acustic Bar, o VI Tributo a Raul Seixas. O evento, promovido pela Casa da Poesia-Empreendimentos Criativos e o Sarau Baffo de Onça, surpreendeu o enorme público presente, tanto pela qualidade musical dos artistas que se apresentaram quanto pela organização e produção visual, que deu ao ambiente um tom místico e poético, próprio da emblemática personalidade do saudoso maluco beleza. Tendo como apresentadora a artista Gleycielli Nonato, a programação foi oficialmente aberta pelo padrinho do evento, professor Marcelo Moska, que deu boas vindas aos convidados, sugerindo que curtissem a noite. Em seguida André Rock Blues assumiu o palco e contagiou a todos pela brilhante performance musical na interpretação de Sociedade Alternativa, uma das músicas temas do Tributo. Na sequência outros artistas foram se apresentando, cada com seu estilo e jeito próprio de cantar Raul.
Programação musical
João da farmácia foi o grande maestro de “Caubói fora da lei”, dando o tom e a energia para que dezenas de pessoas da plateia o acompanhassem em uma só voz. Com Dai Vaz no vocal a Banda Identidade Zero marcou presença, fazendo todos se balançarem com a interpretação do clássico, “Caroço de manga”, entre outras, demonstrando de forma explícita que a vida é de fato uma grande brincadeira.
O artista campo-grandense Bruno Pironato, mandou bem com “Metrô linha 743”, enquanto Malaka, Ítalo Cássio e banda (Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante), arrepiaram com “Não quero mais andar na contra mão”, surpreendente. Dois (Marcelo Mariano e Alessandro), ambos vestidos a caráter, fizeram uma bela performance dramatizada de “Medo da chuva”; o Rock pesado ficou por conta da Banda Griffin, de Itaporã, que brindou a todos com “Paranóia dois”, “Canceriano sem lar”, “Abre-te-césamo”, a inconfundível “Meu amigo Pedro”, além de algumas de autoria própria. Ainda na linha rock pesado o Baffo de Onça, arrasou na interpretação de “Rock das aranhas”, “DDI” e “Rock do diabo”. Sensacional, Adriano Bukowski agitando muito com seu chapéu, colete e calça de couro.
Palco de encontro de tribos
A interação entre os artistas locais com os de fora também foi outro ponto interessante que deu um colorido a mais na noite festiva.
Além da programação musical o espaço foi enriquecido por exposição de artesanato hippie, sala de tatuagem com o tatoo Washington, exposição com telas de Wendel Bandeira e camisetas Bigoti. A parte gastronômica ficou com o professor Tadeu, com sua já tradicional Fogazza. No final houve ainda sorteio de brindes e premiação da melhor caracterização de Raul, que foi para o Dr. Osiel de Souza.
Segundo o escritor Altair Ferreira, um dos organizadores da ação cultural, o VI Tributo a Raul marca o Woodstock Acustic Bar como praça de encontro das tribos e palco de grandes eventos culturais.
Homenagens
A noite marcou também o lançamento da Medalha de Mérito Cultural Joelma Ribeiro, instituída pela Casa da Poesia, com o objetivo de homenagear ações significativas no município de Coxim nas áreas de Cultura, Educação, Turismo e Meio ambiente, Ciência e tecnologia. Cinco ações foram contempladas dentro da programação do Tributo e receberam a Medalha, sendo elas: Professor Lucas Pereira Gandra pela conquista do 1º lugar no FETECMS no ano de 2016 em nível estadual, como coordenador do Projeto “Estudo da eficiência da pasteurização na conservação do caldo de cana”, envolvendo estudantes da Escola Viriato Bandeira; professor Marcelo Mariano pela elaboração e apresentação do espetáculo “O pequeno príncipe”, em 2016, Dry Garcia pela elaboração e apresentação do espetáculo “Nos embalos da dançart, 2017”, a escola estadual Pedro Mendes Fontoura, pela realização do Projeto “Memórias populares” e Aristol Contini pelo realização do 6º encontro de gipeiros – Trilha Pantanal Coxim. O cantor e compositor Coxinense Cícero Campos recebeu homenagem póstuma pelo brilhante trabalho cultural realizado a frente dos Tributos a Raul III, IV e V. A estudante Emily Lais Loiola recebeu a comenda em nome do pai.
O público entendeu a proposta do evento e investiu no figurino, sendo possível ver ali magos, vampiros, padres, entre outras caracterizações.
Após o tributo foi aberta a caverna da grã-ordem e a festa continuou com o DJ Luis Paulo, onde a magia correu solta através da dança e de rodas de conversa.
A produção visual deu um toque mágico no ambiente, brilhante trabalho de Paulo Carvalho, já a produção executiva foi coordenada por Altair Ferreira e Adriano Bukowski. A Casa da Poesia e o Sarau Baffo de Onça aproveita a oportunidade para agradecer a todos os apoiadores culturais que investiram financeiramente no evento e também a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para que o VI Tributo a Raul acontecesse, em especial ao empresário e advogado Johnny Guerra Gai, que abriu as portas do Woodstock Acustic Bar para celebrar Raul e comemorar o dia mundial do rock.
Próximo evento: “Mistérios da meia noite” – Zé Ramalho como você nunca viu. Agende-se.
