A presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) resolveu que será candidata a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ela ainda não teria se decidido se concorre pela legenda petista gaúcha, do Rio de Janeiro ou de Brasília, segundo adiantou o jornalista Hélio Fernandes, em sua página de uma rede social. Uma vez eleita, poderá liderar o apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula lidera todas as pesquisas de opinião para as eleições de 2018.
“Surpreendentemente, está preferindo o Rio. Qual a razão? E o que pretende com esse objetivo? Irá se encontrar com uma grande parte daqueles deputados que protagonizaram, contra ela, aquele tenebroso domingo de abril de 2015”, aponta Fernandes, editor do jornal online Tribuna da Imprensa.
Em fevereiro deste ano, Dilma Rousseff já havia afirmado que não descartava a possibilidade de uma candidatura ao Senado ou à Câmara dos Deputados nas eleições de 2018. Apesar de ter sofrido um impeachment em agosto, Dilma não perdeu os direitos políticos e pode, portanto, tentar se eleger para cargos públicos.
— Eu não serei candidata a presidente da República. Agora, atividade política, eu nunca vou deixar de fazer. Eu não afasto a possibilidade de me candidatar ao cargo de senadora ou deputada — afirmou a presidenta. Ela falou à agência de notícias AFP, seis meses após destituída do cargo, em meio a um golpe de Estado.
A petista mantém, atualmente, uma agenda de conferências e encontros com militantes do partido; além de viagens ao Rio. Sobre a onda de antipetismo no país, porém, teme por sua segurança em locais públicos.
— Nada impede que alguém me agrida — afirmou à AFP.