18/11/2017 às 16h45min - Atualizada em 18/11/2017 às 16h45min

PMDB pode lançar Mochi ao governo ou apoiar reeleição de Azambuja

Redação com JPNews

O PMDB do Mato Grosso do Sul já tem planos B e C caso o ex-governador André Puccinelli não aceite – ou não possa – disputar as eleições do ano que vem para o governo do Estado. O partido já tem um substituto para Puccinelli e também uma terceira opção.

A princípio, o partido trabalha na candidatura de Puccinelli. Mas, devido aos escândalos envolvendo o ex-governador – preso nesta semana durante a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, liberado 40 horas depois de habeas corpus concedido pelo desembargador Paulo Fontes do Tribunal Regional Federal (TRF-3) – o partido já trabalha outras alternativas.

O deputado estadual Eduardo Rocha disse ao Jornal do Povo que a segunda opção do PMDB seria lançar o presidente do diretório estadual do partido e da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, Junior Mochi, como candidato ao governo.

Eduardo ressaltou que Puccinelli só não será candidato “se não quiser” porque é “o principal nome do partido para a disputa”. No entanto, informou que o PMDB vai respeitar a decisão dele e de familiares. Legalmente, André só não pode ser candidato se tiver condenação em segundo grau. Hoje, figura na condição de investigado, sem condenações por corrupção ou algo do tipo.

Anteontem, o diretório do PMDB adiou para dezembro a convenção que estava marcada para hoje, em Campo Grande, após a prisão de Puccinelli, que iria assumir o comando do partido no Estado.

Junior Mochi disse á reportagem que sempre esteve à disposição do partido e que aceitaria ser candidato com duas condições: a primeira, se Puccinelli não for o candidato, e a segunda, se tiver o apoio do PMDB, inclusive com aval do ex-governador.

PSDB e PDT

O “plano C” do PMDB seria uma aliança com o PSDB, possivelmente em apoio à reeleição do governador Reinaldo Azambuja. “Não descartamos uma aliança com o PSDB”, ressaltou. Mas, adiantou que um possível apoio à candidatura do juiz aposentado Odilon de Oliveira está descartada. O PDT lançou, no sábado passado, o juiz como pré-candidato ao governo. O nome de Odilon era cotado para disputar o Senado, mas ele aceitou concorrer ao Executivo estadual.

Uma aliança com o PT, segundo Eduardo Rocha, também é difícil. Assim como Eduardo, Mochi também não descarta uma aliança com o PSDB. “O PMDB tem interesse em candidatura própria, mesmo assim, não descartamos conversar com os partidos, inclusive com PDT”, disse.

OPERAÇÃO

De acordo com investigação da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal, Puccinelli é apontado como chefe de um esquema de propina que funcionava há mais de 10 anos em Mato Grosso do Sul. O montante de desvio, segundo a PF, é de R$ 235 milhões.

Segundo informações da PF, o ex-governador mantinha operações com empresas envolvidas em lavagem de dinheiro. Durante o período das investigações, o pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda teria entrado em contato com a PF para obter o benefício da delação premiada e revelado como funcionava o suposto esquema. Por meio de um advogado, Puccinelli nega as acusações.


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