15/02/2018 às 07h54min - Atualizada em 15/02/2018 às 07h54min

Para escapar de ação judicial, Fetems deve pedir desculpas a Junior Mochi

Representante dos professores, Federação 'deu tiro no pé' ao errar propaganda contra deputado

Celso Bejarano
topmidianews
André de Abreu

Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, a Fetems, mais expressiva entidade de classe do Estado, vai pedir o que pode ser comparado a uma desculpa ao presidente da Assembleia Legislativa de MS, Júnior Mochi, do MDB. A medida é um meio de a entidade escapar de uma ação judicial de reparação por danos morais.

Em novembro passado, a Fetems divulgou propagandas de TV e redes sociais e, em  uma delas afirmava que Mochi havia votado por mudanças no regime previdenciário dos servidores estaduais, projeto do governo de Reinaldo Azambuja, do PSDB. 

A proposta foi reconhecida por maioria dos 24 deputados e, logo depois, a Federação divulgou comunicados com nomes dos deputados que tinham concordado com o propósito do governo.

Ocorre que a entidade incluiu o nome de Mochi na publicidade, como se o emedebista também tivesse votado pelas mudanças previdenciárias.

“Narra que nas publicações feitas pela requerida [Fetems], na TV Morena e no Facebook, constam claramente que teria [Mochi] "votado contra os trabalhadores" além de sugerir ao público que "fiquem de olho neles [deputados]", diz trecho da ação movida pelo presidente da Assembleia contra a Fetems.

Ainda segundo a petição, Mochi sustenta que “sequer votou sobre o citado projeto de lei, mesmo porque é Presidente da Assembléia Legislativa e, nesta condição, encontra-se impedido de votar, a teor do que preceitua o disposto no art. 33, §2º, do Regimento Interno”. Mochi votaria somente numa condição: se o pleito ficasse empatado.

O presidente da entidade, Jaime Teixeira, por telefone, disse que a entidade “estuda” a possibilidade de entrar num acordo com o presidente da Assembleia. “Nosso setor jurídico está vendo isso”, disse.

Já Ronaldo Franco, advogado da Fetems, afirma que a entidade vai produzir nota como meio de “retratar a informação”. No caso, a de que o presidente da Assembleia não votou favoravelmente ao projeto. O comunicado será publicado ainda no jornal “Quadro Verde”, distribuído aos professores.


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