29/06/2018 às 11h57min - Atualizada em 29/06/2018 às 11h57min

Campo Grande está entre as capitais com maior índice de diabetes do país

Estatísticas são alerta após o Dia Nacional de Controle do Diabetes

Leandro Abreu
Correio do Estado

Campo Grande está entre as capitais com maior índice de homens com diabetes no Brasil, tendo o percentual de diagnóstico dobrado entre 2006 e 2017, segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Estatísticas são alerta após o Dia Nacional de Controle do Diabetes, celebrado em 27 de junho.

Na comparação com as demais capitais, os homens de Campo Grande apresentaram uma das maiores taxas de diagnóstico médico de diabetes, em 2017, ficando atrás apenas de Boa Vista (8,1%), Belo Horizonte (8,2%) e Porto Alegre (8%). Já entre as mulheres, a capital sul-mato-grossense foi a 13º com o menor percentual da doença.

Há 11 anos, o número de homens que tinham sido diagnosticados com a doença era de 3,8%, agora o índice passou para 8,2%. O percentual de mulheres com diagnóstico de diabetes, também, cresceu: foram 62,2% a mais no mesmo período. No geral, Campo Grande aparece como uma das capitais com percentual mais elevado de pessoas com a enfermidade, com 7,7%.

Conforme o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou 4.786 pessoas em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número cresceu 36,7% no período, saindo de 591 mortes para 806 no ano de 2016. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) apontam que a quantidade de internações também cresceu. Foram 3.935 em 2010 e 3.991, em 2016. O diabetes é responsável por complicações, como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações dos membros inferiores.

TRATAMENTO SUS
Para as pessoas que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, ainda está disponível nas unidades de Atenção Básica de Saúde, reagentes e seringas.


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