05/07/2018 às 08h12min - Atualizada em 05/07/2018 às 08h12min

Sem acordo, administrativos da Educação devem ficar sem incorporação do abono salarial

Governo não enviou o projeto; líder diz que proposta pode gerar improbidade administrativa

Rodson Willyams
topmidianews

O líder do governo, deputado Rinaldo Modesto (PSDB), se encarregou de dar a notícia para os administrativo da Educação, nesta quarta-feira (4), que o Estado não deve encaminhar o projeto que previa a incorporação do abono para a categoria. O deputado lembrou que o encaminhamento do projeto poderia prejudicar eventual candidatura de Reinaldo Azambuja, por causa da legislação eleitoral que não permite reajustes salariais em época de campanha.

Durante o uso da tribuna na Assembleia Legislativa, a presidente em exercício da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Sueli Veiga, explanou aos parlamentares sobre o compromisso que foi pactuado com a categoria pelo Governo do Estado: "no primeiro ano, o aumento foi zero. No segundo ano foi o abono, no terceiro foi os 2.94%  com o abono e neste ano 3.04% e mais os R$ 100 do ano passado. A nossa luta continuava pelo incorporação do abono no salário. Hoje o profissional do administrativo recebe menos que um salário mínimo, R$ 854, e com a incorporação iria chegar a um salário mínimo", explicou.

Sueli teceu duras críticas à atual gestão do Governo do Estado. "Tivemos um acordo ao final da greve do envio do projeto. Mas lá já tinha uma intenção de não ser cumprindo o acordo com o pagamento até o mês de junho. Isto não pode causar problemas de candidatura de Reinaldo Azambuja. Se trata de uma luta justa e a incorporação não iria quebrar o Estado. Seria um aumento de R$ 40, chegaria em torno de R$ 250 a R$ 300 mil na folha de pagamento e não quebraria o Estado e nem o limite fiscal".

Outro a comentar o caso foi Wilds Ovando, que pontuou que a categoria ficou indignada com o abandono. "Estamos indignados com a falta de valorização, não fizeram o mínimo de esforço para nos atender e disseram que o projeto podia impedir o governador de se candidatar. Isso é conversa, é um governo que não tem palavra. A gente fica revoltado com o governo do PSDB, com os deputados da base que não cobraram esse compromisso".

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) reclamou da disparidade entre os salários dos servidores: "a gente vê servidores recebendo acima de R$ 30 mil, tendo que devolver dinheiro enquanto alguns tem que vir mendigar. Isso é uma tremenda injustiça".

Cabo Almi (PT) diz que o governo fez os profissionais perderem tempo: "humilha servidores que ficaram aguardando, ontem (3), resposta. Por que ele não falou ontem que não era possível? Falta responsabilidade com servidores público do Estado". Grazielle Machado (PSD) também reforçou críticas ao governo.

Por fim, Wilds lembrou que a luta da categoria ficará para o próximo governo.


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