24/07/2018 às 17h20min - Atualizada em 24/07/2018 às 17h20min

Apesar de otimismo da defesa, TRF-3 nega liberdade para Puccinelli, filho e advogado

Corte resolve manter preso o ex-governador, denunciado por corrupção

Celso Bejarano, Diana Christie e Vinícius Squinelo
topmidianews

O desembargador federal Maurício Kato, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região - SP), negou, na tarde desta terça-feira (24), a soltura do ex-governador André Puccinelli, pré-candidato ao governo pelo MDB, do filho dele, André Júnior, e do advogado João Paulo Calves. O trio foi preso pela Polícia Federal na sexta-feira (2), denunciados por corrupção.

Na manhã desta segunda os advogados André Borges e Renê Siufi haviam apelado à corte federal, em São Paulo, pela liberdade dos três. 

Os defensores incluíram na petição ter achado “estranho” Puccinelli ter sido preso às vésperas da convenção partidária, evento que oficializaria a candidatura do ex-governador.

Agora, o processo vai para instância superior e pode cair nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator de processos relacionados à Lama Asfáltica.

O caso

André Puccinelli, o filho e o advogado foram presos pela criação do Instituto Ícone de Estudos Jurídicos que, para o MPF (Ministério Público Federal) funcionaria para gerenciar dinheiro de propina vinda, por exemplo, da JBS, a principal empresa investigada na Lava Jato, a operação da Polícia Federal.

JBS pagava a Puccinelli altas somas em dinheiro, que iam para a conta da Ícone, depois eram repassadas a integrantes do esquema do ex-governador.

Em troca, a JBS era beneficiada com incentivos fiscais. A empresa seria de André Júnior, mas, no papel, quem seria o dono é o advogado João Paulo Calves, o “testa de ferro” da trama, para o MPF.


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