16/08/2018 às 12h15min - Atualizada em 16/08/2018 às 12h15min

Começa hoje a guerra eleitoral em Mato Grosso do Sul

Seis candidatos disputam o governo e 13 brigam por duas vagas de senador

ADILSON TRINDADE
Correio do Estado

A batalha eleitoral começa hoje com seis candidatos de olho no governo do Estado e 13 disputando duas vagas de senador. Mas antes mesmo de iniciar a campanha, a política de Mato Grosso do Sul sofreu fortes turbulências com a prisão do ex-governador André Puccinelli, nome certo do MDB e um dos favoritos na disputa, e depois com a sua substituta, senadora Simone Tebet, que renunciou à candidatura dias após a homologação na convenção. Ontem, véspera de começar a campanha, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi, aceitou o desafio para concorrer ao governo do Estado pelo MDB.

Também nesta quarta-feira, o senador Pedro Chaves (PRB) provocou abalo na campanha do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) ao renunciar a sua candidatura à reeleição. Ele saiu da disputa, atirando no partido e em Odilon.

Chaves não foi a primeira baixa na campanha de Odilon. O produtor rural Chico Maia (Podemos) renunciou a sua pré-candidatura a senador, surpreendendo o juiz.

O DEM também não terá um dos seus parlamentares expoentes na Câmara dos Deputados concorrendo à reeleição. O médico Luiz Henrique Mandetta desistiu de participar de mais uma disputa eleitoral.
Reinaldo Azambuja (PSDB) é um dos candidatos a governador que estarão, a partir de hoje, em confronto eleitoral. Ele vai concorrer à reeleição. Depois vem o deputado Júnior Mochi (MDB), o último indicado para substituir a senadora Simone Tebet. 

Além deles, a campanha para governador terá a estreia do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira. Ele é um dos principais nomes na disputa eleitoral, ao lado de Azambuja e Mochi.

O PT, que sempre polarizou a disputa, poderá passar incólume na campanha com a candidatura do ex-prefeito de Mundo Novo Humberto Amaducci. A grande força eleitoral do partido é o deputado federal e ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. O PSOL vai com João Alfredo Danieze para disputa ao governo e o PV terá o ex-vereador de Campo Grande Marcelo Bluma.

Para o Senado, disputarão Waldemir Moka (MDB), à reeleição; o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PTB); Marcelo Miglioli (PSDB); o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC); Zeca do PT; Soraya Thronicke (PSL); e Mario Fonseca (PCdoB). Com a renúncia de Pedro Chaves (PRB), o vereador de Campo Grande Gilmar da Cruz é o candidato da chapa.

O PPL vai com Thiago Freitas para o Senado; o PMB estará com Betini; o PSOL com Anisio Guato; o Podemos apostará em Beto Figueiró; e o PTC em Cesar Nocolatti.

Reinaldo Azambuja (PSDB)
Um dos produtores rurais mais ricos da política de Mato Grosso do Sul, estará nesta disputa buscando a reeleição de governador, com apoio de 14 partidos. Esse exército é formado pelo PSDB, DEM, PSD, PMB, Patriota, PPS, PROS, SDD, PSB, PTB, Avante, PSL e PMN.
Bens: R$ 38.698.697,47.

Júnior Mochi (MDB)
Presidente da Assembleia Legislativa por quatro anos, Mochi foi escolhido às pressas pelo partido para concorrer ao governo do Estado, depois da renúncia da senadora Simone Tebet. Ela teria substituído o ex-governador André Puccinelli, que foi preso à véspera da convenção partidária.
Bens: R$ 1.453.722,57

Juiz Odilon (PDT)
Ficou conhecido internacionalmente por colocar na cadeia os barões do narcotráfico brasileiro. Odilon aposentou-se da magistratura para estrear na política concorrendo ao governo do Estado. Ele entra apoiado por pequeno time de partidos, que, além do PDT, tem Podemos e PRB.
Bens: R$ 1.599.131,35

Humberto Amaducci (PT)
Foi prefeito de Mundo Novo, cidade ao extremo sul do Estado, divisa com Paraná. Amaducci entrou na disputa com a dura missão de manter viva a estrela do partido. Mas não tem projeção política igual à do ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.
Bens: R$ 447.423,48

Marcelo Bluma (PV)
Ex-vereador de Campo Grande, aceitou a missão de levar, mais uma vez, a imagem do partido a um confronto eleitoral. Bluma faz parte dos nanicos e sonha em eleger deputado estadual e, pelo menos, um federal, disputando ao governo do Estado. Bluma terá pela frente grandes adversários políticos.
Bens: R$ 1.374.352,05

João Danieze (PSOL)
Advogado que deixa Ribas do Rio Pardo, próximo a Campo Grande, onde foi vice-prefeito, para concorrer ao governo do Estado por um partido de esquerda. O radicalismo no discurso deve ser a marca da campanha de Danieze. O partido historicamente sempre teve candidatura própria.
Bens: R$ 6.654.000,00


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