A batalha eleitoral começa hoje com seis candidatos de olho no governo do Estado e 13 disputando duas vagas de senador. Mas antes mesmo de iniciar a campanha, a política de Mato Grosso do Sul sofreu fortes turbulências com a prisão do ex-governador André Puccinelli, nome certo do MDB e um dos favoritos na disputa, e depois com a sua substituta, senadora Simone Tebet, que renunciou à candidatura dias após a homologação na convenção. Ontem, véspera de começar a campanha, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi, aceitou o desafio para concorrer ao governo do Estado pelo MDB.
Também nesta quarta-feira, o senador Pedro Chaves (PRB) provocou abalo na campanha do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) ao renunciar a sua candidatura à reeleição. Ele saiu da disputa, atirando no partido e em Odilon.
Chaves não foi a primeira baixa na campanha de Odilon. O produtor rural Chico Maia (Podemos) renunciou a sua pré-candidatura a senador, surpreendendo o juiz.
O DEM também não terá um dos seus parlamentares expoentes na Câmara dos Deputados concorrendo à reeleição. O médico Luiz Henrique Mandetta desistiu de participar de mais uma disputa eleitoral.
Reinaldo Azambuja (PSDB) é um dos candidatos a governador que estarão, a partir de hoje, em confronto eleitoral. Ele vai concorrer à reeleição. Depois vem o deputado Júnior Mochi (MDB), o último indicado para substituir a senadora Simone Tebet.
Além deles, a campanha para governador terá a estreia do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira. Ele é um dos principais nomes na disputa eleitoral, ao lado de Azambuja e Mochi.
O PT, que sempre polarizou a disputa, poderá passar incólume na campanha com a candidatura do ex-prefeito de Mundo Novo Humberto Amaducci. A grande força eleitoral do partido é o deputado federal e ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. O PSOL vai com João Alfredo Danieze para disputa ao governo e o PV terá o ex-vereador de Campo Grande Marcelo Bluma.
Para o Senado, disputarão Waldemir Moka (MDB), à reeleição; o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PTB); Marcelo Miglioli (PSDB); o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC); Zeca do PT; Soraya Thronicke (PSL); e Mario Fonseca (PCdoB). Com a renúncia de Pedro Chaves (PRB), o vereador de Campo Grande Gilmar da Cruz é o candidato da chapa.
O PPL vai com Thiago Freitas para o Senado; o PMB estará com Betini; o PSOL com Anisio Guato; o Podemos apostará em Beto Figueiró; e o PTC em Cesar Nocolatti.
Um dos produtores rurais mais ricos da política de Mato Grosso do Sul, estará nesta disputa buscando a reeleição de governador, com apoio de 14 partidos. Esse exército é formado pelo PSDB, DEM, PSD, PMB, Patriota, PPS, PROS, SDD, PSB, PTB, Avante, PSL e PMN.
Bens: R$ 38.698.697,47.
Presidente da Assembleia Legislativa por quatro anos, Mochi foi escolhido às pressas pelo partido para concorrer ao governo do Estado, depois da renúncia da senadora Simone Tebet. Ela teria substituído o ex-governador André Puccinelli, que foi preso à véspera da convenção partidária.
Bens: R$ 1.453.722,57
Ficou conhecido internacionalmente por colocar na cadeia os barões do narcotráfico brasileiro. Odilon aposentou-se da magistratura para estrear na política concorrendo ao governo do Estado. Ele entra apoiado por pequeno time de partidos, que, além do PDT, tem Podemos e PRB.
Bens: R$ 1.599.131,35
Foi prefeito de Mundo Novo, cidade ao extremo sul do Estado, divisa com Paraná. Amaducci entrou na disputa com a dura missão de manter viva a estrela do partido. Mas não tem projeção política igual à do ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.
Bens: R$ 447.423,48
Ex-vereador de Campo Grande, aceitou a missão de levar, mais uma vez, a imagem do partido a um confronto eleitoral. Bluma faz parte dos nanicos e sonha em eleger deputado estadual e, pelo menos, um federal, disputando ao governo do Estado. Bluma terá pela frente grandes adversários políticos.
Bens: R$ 1.374.352,05
Advogado que deixa Ribas do Rio Pardo, próximo a Campo Grande, onde foi vice-prefeito, para concorrer ao governo do Estado por um partido de esquerda. O radicalismo no discurso deve ser a marca da campanha de Danieze. O partido historicamente sempre teve candidatura própria.
Bens: R$ 6.654.000,00