27/07/2015 às 12h06min - Atualizada em 27/07/2015 às 12h06min

Síria: jornalista morre enquanto cobria confrontos

País é considerado o mais perigoso para os jornalistas, segundo Comitê para a Proteção, que contou pelo menos 84 mortos desde 2011

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STR/AFP

O jornalista Zaer al Alayi, presidente do Centro de Informação da Defesa Nacional em Damasco, morreu nesta segunda-feira quando cobria confrontos entre o exército e os rebeldes, no bairro de Yobar, na capital síria, informaram ativistas e a imprensa.

A agência de noticias oficial Sana, que descreveu Al Alayi como corresponsável da emissora Sham FM, explicou que o jornalista perdeu a vida durante a cobertura da operação das Forças Armadas contra “os terroristas takfiri” (muçulmanos radicais) em Yobar, no noroeste de Damasco, sem dar mais detalhes.

O OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos) confirmou os dados e acrescentou que junto com o jornalista morreram três integrantes das forças do regime, entre eles dois oficiais.

De acordo com a organização não governamental, Al Alayi seguia com o exército, as forças da defesa nacional – milícias pró-governamentais – e o grupo xiita libanês Hezbollah.

É desconhecida ainda a causa exata da morte, embora o Observatório tenha destacado que o bairro de Yobar é cenário de troca de fogo e de combates entre os efetivos pró-regime e organizações rebeldes de tendência islâmica, entre as quais a Frente al Nsura, filial síria da Al Qaida.

A aviação governamental efetuou hoje no local vinte bombardeios contra os oponentes.

O país é considerado o mais perigoso para os jornalistas, segundo o CPP (Comitê para a Proteção dos Jornalistas), que contabilizou pelo menos 84 mortos desde 2011, enquanto cobriam o conflito.


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