27/09/2018 às 09h30min - Atualizada em 27/09/2018 às 09h30min

Em 2h, Luciano salva vidas de pessoas que não conhece e pode nem vir a conhecer

Dos 43 anos de idade, metade deles já foram vividos doando sangue

PAULA MACIULEVICIUS BRASIL
Correio do Estado

A cada dois meses, duas horas são passadas com o braço ligado às máquinas. É este o tempo que o fotógrafo Luciano Muta usa para salvar vidas como doador de plaquetas.  Dos 43 anos de idade, metade deles já foram vividos doando sangue.  

“Desde a primeira vez foi assim, vejo uma pessoa que precisa ou fico sabendo e vou, mesmo que não tenha campanha, não tenha nada”, compartilha. Com o intuito de ajudar o irmão de uma colega de trabalho que ele foi atrás para se cadastrar como doador de plaquetas, mas não deu tempo. “Quando consegui entrar, ele faleceu”, recorda. 

Neste ano que começaram as doações por aférese, método que separa as plaquetas do sangue e assim, Luciano conseguiu algo que sonhava. “Sempre quis, porque atinjo o maior número de pessoas que precisam, desde pacientes que vão passar por procedimento cirúrgico até gente que está com leucemia”, descreve. 

A preparação para doar plaquetas envolve uma rigorosa seleção por parte do Hemosul, porque é preciso já ser doador de sangue no formato tradicional e ter um bom calibre de veia, também é exigido pelo menos 60 quilos. 

“Na primeira vez, eles viram que minha contagem de plaquetas era boa, e eu tinha um acesso venoso para aguentar o tempo. São 2h ali porque o sangue entra na máquina que separa as plaquetas e ele volta para você junto com um anticoagulante”, explica o fotógrafo. 
 

Doação por aférese - Através de uma agulha colocada na veia do braço do doador, o sangue é bombeado para o interior de um equipamento que irá separar parte das hemácias ou das plaquetas para doação. O equipamento irá reter apenas as células necessárias devolvendo para o doador as restantes. Todo o processo dura entre 90 minutos a 2 horas. Segundo o Hemosul, a doação de plaquetas ajuda a muitas pessoas e a reposição que o organismo faz é rápida, em apenas 72 horas todas as células estão repostas.

Apesar da rapidez na reposição, o fotógrafo doa a cada dois meses. “Quando volta o sangue para você, a gente sente o coração bater um pouco mais forte e a boca um pouco seca. É um processo de entrega, você está se entregando mesmo”, resume. 

Luciano explica que faz a doação de plaquetas e de sangue da mesma forma que realiza outras atividades voluntárias com a fotografia. “Eu faço fotos de cães para adoção para qualquer entidade que queira e quando faço, dou o melhor de mim, levo o meu melhor equipamento. Faço porque gosto e para mim não custa nada você enxergar o problema de alguém e o ajudar a levar uma vida melhor”, finaliza. 

Interessados em doar plaquetas podem entrar em contato com o Hemosul pelo telefone: 3312-1540.


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