17/01/2019 às 14h27min - Atualizada em 17/01/2019 às 14h27min

Álvaro Fontoura: Um Hospital que de Regional tem só o nome

Sheila Forato
edicaoms
EMS/Arquivo

Com o Hospital Regional Álvaro Fontoura agonizando na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), prefeitos, vereadores e secretários de Saúde se reuniram na manhã desta quarta-feira (16) na sede do Cointa (Consórcio Intermunicipal da Bacia do Rio Taquari), em Coxim.

Pasmem. Foi nessa reunião que os presentes descobriram que o hospital, de regional, tem só o nome. Durante as discussões, foi cogitada a possibilidade de devolver o hospital para o governo do Estado.

A secretária de Saúde de Camapuã, Lilian Hiromi Furara pediu o estatuto e ao receber das mãos da diretora do HR, Joelma Schumacher, anunciou para os presentes que o Álvaro Fontoura é municipal.

Na verdade, alguns municípios “compram” serviços do HR, por isso existem as contratualizações entre cada cidade e o hospital. Entretanto, não existe uma obrigatoriedade desses municípios repassarem ao HR, pois, a qualquer momento, eles podem oferecer esses serviços ou “comprar” de outra unidade.

Enquanto isso, o HR acumula dívidas de quase meio milhão ao mês. A direção diz que os recursos não cobrem as despesas e a crise se agrava, chegando ao ponto dos médicos paralisarem por falta de pagamento.

Algumas lideranças reclamam da falta de transparência por parte da direção do HR. Como se não bastasse, até o momento, nao foram anunciadas medidas de contenção de despesas.

Pelo contrário, informações extraoficiais dão conta que situações absurdas acontecem no Hospital Regional de Coxim. Com a perda da capacidade de comprar medicamentos, o hospital tem de recorrer a empréstimos em outras unidades do Mato Grosso do Sul e até mesmo do Mato Grosso.

Outro gargalo do HR de Coxim seria o combustível. Veículos seriam usados sem controle. Uma das fontes do Edição MS, que terá o nome preservado, comentou que já presenciou situações que comprovam a falta de responsabilidade com dinheiro público.

“Tenho conhecimento de que em determinado dia um funcionário foi a Campo Grande levar uma pessoa do administrativo. Chegando lá recebeu ordens para voltar a Coxim, pois iriam precisar do veículo aqui, mas, que a noite era para esse funcionário voltar a Capital para buscar essa pessoa. Isso é um absurdo.”, comentou a funcionária do HR.

Mesmo que não exista irregularidades, falta transparência. Ninguém tem conhecimento detalhado dos gastos do hospital, apesar dos órgãos fiscalizadores orientar nesse sentido. O site do HR de Coxim era precariamente alimentado. Hoje está fora do ar, talvez por falta de pagamento. Não se sabe, por incrível que pareça, quando ganha um diretor. Só em Coxim...


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »