26/05/2019 às 19h39min - Atualizada em 26/05/2019 às 19h39min

Em 2 horas, ato de apoio a Bolsonaro reúne 4 mil em Campo Grande

PM não divulgou público, apenas os organizadores deram estimativa de participantes neste domingo

Ângela Kempfer e Miriam Machado
campograndenews

Com o Hino Nacional, começou por volta das 17 horas em Campo Grande a última parte do ato de apoio ao governo Jair Bolsonaro e às reformas em tramitação no Congresso Nacional. A Polícia Militar não quis divulgar a quantidade de participantes, mas segundo a assessora de imprensa do movimento, Tavane Ferraresi, pelo menos 4 mil pessoas aderiram a manifestação que durante 2 horas se concentrou em frente à sede do Ministério Público Federal e depois seguiu em passeata até a região do Shopping Campo Grande.

 

Na Afonso Pena, cerca de um quarteirão ficou lotado de gente e em outros 3 aproximadamente 30 caminhões estacionados reforçaram o protesto. A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, que convocou empresários para o ato deste domingo, também preferiu não divulgar o número de público.

Mesmo assim, o presidente da entidade, João Carlos Polidoro, fez avaliação positiva. "As pessoas se mobilizaram, responderam ao convite", resumiu.

Sobre novas manifestações, ele diz que ainda não há nada previsto, mas que articulações serão feitas para viagem a Brasília, na primeira quinzena de junho. "A intenção é conversar com cada deputado, pedir que as reformas aconteçam", explica.

Manifestante caprichou na preparação para participar do protesto.

Manifestante caprichou na preparação para participar do protesto.

Manifestante caprichou na preparação para participar do protesto.

Pela avenida, a cor predominante voltou a ser o verde e o amarelo. Entre o material levado para o protesto, surgiram até os ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes em tamanhos reais, além da reprodução de Bolsonaro no mesmo estilo.

Apesar da maioria dos cartazes e faixas fazerem referência às reformas "necessárias para o País", algumas pessoas deixaram clara a devoção a Jair Bolsonaro, com frase do tipo "meu presidente, meu orgulho" e outros ainda lembraram da vontade do retorno do regime militar, defendendo, inclusive, o "fechamento do Congresso".

Mas o discurso que prevaleceu foi da necessidade de fortalecer o governo e fazer valer as propostas da reforma da Previdência, além da reforma Tributária e do pacote anticrimes apresentado pelo ministro Sérgio Moro.

Caminhada pelo viaduto da Afonso Pena, depois da concentração.

Caminhada pelo viaduto da Afonso Pena, depois da concentração.

Caminhada pelo viaduto da Afonso Pena, depois da concentração.

“Para um domingo é ótima a adesão. Quem faz protesto no domingo é porque trabalha. Estou muito contente com o resultado, espontâneo”, comentou o deputado federal Loester Carlos (PSL). "A população de Campo Grande veio cobrar reformas, aprovação do pacote anticrime do Moro e o enxugamento da máquina do estado. Se for perguntar para o cidadão hoje no País, qualquer um vai responder que é a impunidade", conclui o parlamentar.
 

Da bancada de apoio a Jair Bolsonaro, a senadora Soraya Thronicke (PSL) também esteve na Afonso Pena nesta tarde. "Eu que estou acostumada a chamar o povo para rua, estou muito feliz de ver. Essa não é uma manifestação do governo, é do povo, que espontaneamente veio para as ruas”, disse.

Ela diz que agora as pessoas "têm de cobrar parlamentares que já tinham fechado com o governo (sobre aprovação da reforma), que o governo contava e que de repente começaram a se virar contra a gente, com chantagem, com jogo", reclamou.

O deputado estadual Renan Contar (PSL) apareceu com a família e diz ter gostado do que viu. "Mato Grosso do Sul cumpriu sua missão. Está maravilhoso, todo mundo de verde amarelo. A reforma da previdência é urgente e temos de mostrar nossa união para o Brasil e para o mundo. A maior dificuldade é ver que tem políticos que não estão ajudando o País", comentou.

Manifestante levou ministros e presidente em tamanho real para a avenida.

Manifestante levou ministros e presidente em tamanho real para a avenida.

Manifestante levou ministros e presidente em tamanho real para a avenida.

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