03/10/2019 às 09h30min - Atualizada em 03/10/2019 às 09h30min

Paralisação de professores atinge 90% das escolas estaduais de MS

Caso Governador não dialogue com professores, mobilizações devem ocorrer durante todo o mês

Cleber Rabelo e Ana Paula Chuva
midiamax

Das 376 escolas estaduais de MS, cerca de 340 aderiram à greve, informou o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato grosso do Sul), Jaime Teixeira. O número representa 90% das escolas estaduais.

Conforme Teixeira, a greve deve durar pelo menos dois dias e o retorno às atividades está programado para sexta-feira. “Amanhã vamos fazer um ato público na Capital. Nós protocolamos ofício ao Governador e ao chefe da Casa Civil pedindo audiência para que ele volte a dialogar conosco, pois eles não têm recebido nenhuma entidade”, disse.

O presidente da Fetems informou ainda, que as mobilizações devem continuar durante todo o mês de outubro, caso o Governador Reinaldo Azambuja não converse com a categoria.

“Faremos dois dias de paralisações de alerta. Caso nenhum acordo ocorra, seguimos com nosso calendário de mobilizações e de luta para convencer o Governador, que a política que ele está adotando com a educação pública é uma política ruim em relação à qualidade do ensino, aos trabalhadores que não são valorizados e quem vai acabar pagando pela má administração é a sociedade”, ressalta.

Greve

Os profissionais da educação começaram a greve nesta quarta-feira (2) nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul. A paralisação foi convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul), sindicatos em cidades do interior do estado também participaram. Nesta quarta-feira (2), algumas escolas estão sem aula, como a Escola Estadual Joaquim Murtinho, na avenida Afonso Pena.

No primeiro dia de greve, as ações são voltadas para conversa com a comunidade, trabalhadores e comércio, para explicar a situação da educação em MS. Jaime Teixeira ainda ressalta que um concurso público para professores e isonomia salarial são as principais pautas. “Não dá para aceitar que um professor convocado receba 32% a menos que o efetivo”, diz. Ele ainda diz que outras reivindicações são a convocação dos administrativos da educação e que são contra a adesão ao projeto das escolas cívico-militares.


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