Em depoimento, Patric contou que foi escolhido pelo pai da menina de 4 anos para ser o padrinho porque os dois eram muito amigos e que, desde o nascimento da criança, ele estava presente. Por motivos não informados a menina foi criada pela avó materna e pela mãe, sem relação com o pai biológico, mas Patric acompanhava o crescimento da menina.
Ele contou que quando a mãe da criança começou a namorar Hudson, ninguém teve problemas com ele, mas que algum tempo depois a criança começou a aparecer com marcas. O padrinho tinha contato com a menina algumas vezes por semana e contou que como ela já estava falando, dizia que era o padrasto que a agredia.
A família chegou a procurar a polícia e o Conselho Tutelar e também houve suspeita de pedofilia por parte do padrasto. A criança foi levada a um posto de saúde, porém a mãe e o padrasto ficaram responsáveis de levar ela até o Conselho Tutelar.
Segundo Patric, há suspeita de que Hudson tenha coagido a criança a dizer que um priminho dela de 6 anos era quem estava a agredindo e abusando. No dia do crime, Patric conta que estava na casa de uma amiga da mãe da criança usando o computador e, quando foi procurar músicas, achou uma pasta com vários áudios.
Ele começou a ouvir os áudios, que eram ligações gravadas entre a amiga e a mãe da menina, e contou ao júri que a mulher relatava que Hudson estava agredindo a criança, também que estava assustada. Patric contou ainda que Hudson era perigoso, costumava brigar na rua e já até teria agredido outras pessoas da família, por isso pegou uma arma que tinha e foi até a casa dele tirar satisfações.
Quando chegou na residência, chegou a ser empurrado e ameaçado por Hudson, que se virou e entrou em outro cômodo. Patric disse que nesse momento tirou a arma da cintura e quando Hudson voltou, ele atirou, por achar que o homem teria ido buscar uma arma de fogo. Patric não chegou a ser encontrado ou preso em flagrante e aguarda julgamento em liberdade.