Em Mato Grosso do Sul, o rendimento médio mensal das pessoas negras (pretas ou pardas), ocupadas tanto em empregos formais, como nos informais, apresentou queda de 3,5% entre 2017 e 2018. Segundo dados divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário mensal desse grupo diminuiu de R$ 1.782, em 2017, para R$ 1.718, em 2018.
Ao mesmo tempo, nas mesmas condições (trabalhos formais e informais), o rendimento médio mensal das pessoas brancas teve um aumento de 1,5%, indo de R$ 2.380, em 2017, para R$ 2.650 em 2018. No país, o rendimento médio mensal das pessoas ocupadas brancas (R$ 2.796) foi 73,9% superior ao da população preta ou parda (R$ 1.608). Os pretos ou pardos receberam menos do que os trabalhadores de cor branca tanto nas ocupações formais, como nas informais.
A desigualdade também foi presente na distribuição de cargos gerenciais, somente 29,9% deles eram exercidos por pessoas pretas ou pardas.
No Estado, em 2018, a taxa de desemprego da população preta ou parda, de 8,9%, era maior do que a dos brancos, que era de 6,6. Porém, entre 2016 a 2018, a relação de desocupação entre brancos e pretos ou pardos apresentou queda de 3,6% para 2,3%. Em Campo Grande, o porcentual de desemprego entre brancos e pretos ou pardos também diminuiu, indo de 3% (2016) para 1% (2018).
Nacionalmente, em 2018, os pretos ou pardos representavam 54,9% da força de trabalho - cerca de 57,7 milhões de pessoas - e os brancos, 43,9% - 46,1 milhões. Entretanto, a população preta ou parda representava 64,2% dos desocupados e 66,1% dos subutilizados. Enquanto 34,6% da população empregada de cor branca estava em ocupações informais, para os trabalhadores pretos ou pardos, este porcentual atingiu 47,3%. A taxa composta de subutilização da população preta e parda (29%) era maior do que a dos brancos (18,8%).