12/03/2020 às 07h28min - Atualizada em 12/03/2020 às 07h28min

“Será muito difícil de conter”, afirma médica sobre coronavírus em MS

Com perspectiva de aumento dos casos nas próximas três semanas, Santa Casa se prepara para receber maior número de pacientes

Tainá Jara
campograndenews
A médica Priscila Alexandrino (Foto: Kisie Ainoã)
Mesmo sem casos do novo coronavírus confirmados em Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande, maior hospital do Estado, prepara estoque, profissionais e cogita até criar ala específica de internação para enfrentar as suspeitas nas próximas três semanas, quando deve haver aumento exponencial dos casos, como já comunicou o Ministério da Saúde. “Será muito difícil conter”, alerta a infectologista da unidade, Priscila Alexandrino.

Nesta quarta-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou pandemia de covid-9. São mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 pessoas já morreram em decorrência da doença. No Mato Grosso do Sul, até esta quarta-feira, sete casos eram investigados.

Há cerca de um mês, a Santa Casa já havia colocado em prática plano de contingenciamento para lidar com os casos suspeitos da doença. Inclusive leitos de isolamentos foram disponibilizados. Profissionais da área médica já passaram por treinamento e agora protocolo de atendimento é repassado os funcionários do setor administrativo.

O grande desafio será quanto à disponibilidade de insumos e de leitos. O hospital mantém cerca de 600 leitos e de agora em diante há mais chance de precisar utilizar, por exemplo, leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A administração cogita até a criação de uma ala específica para atender as suspeitas da doença. “Isso é fazer o isolamento”, explica Alexandrino.
 

Infectologista Priscila Alexandrino repassa protocolo de atendimento para funcionários do administrativo da Santa Casa (Foto: Kisie Ainoã)

Infectologista Priscila Alexandrino repassa protocolo de atendimento para funcionários do administrativo da Santa Casa (Foto: Kisie Ainoã)

Infectologista Priscila Alexandrino repassa protocolo de atendimento para funcionários do administrativo da Santa Casa (Foto: Kisie Ainoã)
Uso de álcool gel 70 é recomendado para dificultar disseminação da doença (Foto: Kisie Ainoã)

Uso de álcool gel 70 é recomendado para dificultar disseminação da doença (Foto: Kisie Ainoã)

Uso de álcool gel 70 é recomendado para dificultar disseminação da doença (Foto: Kisie Ainoã)
Itens básicos, mas que podem prevenir de forma eficiente à disseminação da doença, as máscaras e o álcool gel podem esbarrar no desabastecimento. Além do aumento considerável dos preços, está difícil encontrar fornecedores com estoque. A Santa Casa, no entanto, diz que está com estoque, mas se preocupa com o aumento dos casos.
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