29/09/2020 às 09h31min - Atualizada em 29/09/2020 às 09h31min

Ação social vai distribuir 2 mil chips com acesso à internet em comunidades do Estado

Em Campo Grande, mães de mais de 20 bairros receberão as doações da Cufa

Gabrielle Tavares
Correio do Estado

A organização não governamental (ONG) Central Única das Favelas (Cufa), criou o projeto "Mães da Favela ON", onde vão distribuir mais de 4,5 milhões de chips em comunidades do Brasil. Duas mil unidades serão entregues em Mato Grosso do Sul.

As beneficiadas vão ganhar 24h de internet, liberada para portais educativos, esportivos, entre outros; um giga de acesso ilimitado; 24h de ligação gratuita e 24h de acesso ao Whatsapp liberado por, pelo menos, seis meses.

A ação é feita em parceria com a TIM Brasil, Alô Social e Comunidade Door.

Os chips chegarão ao Estado no dia 5 de outubro, e distribuídos em regiões de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. O cadastro poderá ser feito com o líder de cada favela.

Na Capital, os bairros contemplados serão: Rita Vieira, Caiobá, Guanandi, Dom Antônio, Los Angeles, Bom Retiro, São Conrado, Bonança, Caiçara, Moreninhas e região.

Além do Jardim Colorado, Jardim Pênfigo, Mario Covas, Buriti, Comunidade Tia Eva, Jardim Presidente, Favela do Mandela, Jardim Leblon, Carvalho, Aero Rancho, Piratininga e Coophatrabalho.

A Cufa existe há 20 anos e promove atividades nas áreas da educação, lazer, esportes, cultura e cidadania. Em Mato Grosso do Sul, a organização chegou em 2006 e foi reativada em 2019.

As ações compreendem em doação de roupas, calçados, brinquedos e alimentação.  

“No domingo (20) fizemos uma ação de plantação de mudas de árvores, levando em conta a situação atual do país com as queimadas. Mas geralmente o forte são as ações de assistência a população mais vulnerável” explicou Julisandy Ferreira, assessora da Cufa.

Brasil

A pesquisa TIC Domicílios, divulgada em maio deste ano, revela que um em cada quatro brasileiros não têm acesso à internet. No âmbito geral, são pelo menos 20 milhões de domicílios que não possuem internet.  

Serão disponibilizados 20 pontos de Wi-Fi livre em 150 favelas de todo o Brasil e 500 mil chips em volta do país.  

Um dos fundadores da Cufa, Celso Athayde, comenta que as mães são indivíduos mais vulneráveis dentro durante a pandemia da Covid-19, além do espaço físico onde vivem, já que são elas que cuidam dos idosos da casa e das crianças que estão sem aulas presenciais.

“Muita vezes a gente levava o feijão e ela não tinha dinheiro para poder comprar o gás, para poder cozinhar esse feijão, então a gente entendeu que era muito importante também a gente levar para essas mães uma coisa chamada autonomia e isso realmente tem feito muita diferença”.


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