07/01/2021 às 16h10min - Atualizada em 07/01/2021 às 16h10min

Butantan solicita uso emergencial de vacina negociada por MS e Campo Grande

Prefeitura e governo negociam com o instituto a compra da Coronavac, que tem eficácia de 78% a 100%

Glaucea Vaccari
Correio do Estado

O Instituto Butantan solicitará à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial da Coronavac, vacina que está sendo negociada pelo governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura de Campo Grande para imunização no Estado e Capital.

Dados de estudo realizado no Brasil e divulgados nesta quinta-feira (7), indicam que a vacina vacina contra o coronavírus, desenvolvida pelo Butantan e a chinesa Sinovac, tem eficácia de de 78% a 100% contra a covid-19.

As vacinas para uso emergencial só podem ser usadas em um público alvo pré-definido e durante um prazo pré-determinado.

 Ao todo, existem 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro.

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Conforme disse anteriormente o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, existe uma grande chance de o Estado receber a vacina CoronaVac.

Conforme o secretário, equipe está trabalhando junto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para fazer a compra da vacina do Butantan, caso o Ministério da Saúde não disponibilize.

Prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), também negocia a compra do imunizante junto ao governo de São Paulo e o Instituto Butantan.

Mais de 300 mil doses foram solicitadas pelo prefeito, que já afirmou, no início do ano, que Campo Grande e Rio de Janeiro (além do estado de São Paulo) serão as primeiras cidades a receber a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

A estimativa de Trad é concluir as negociações e tentar disponibilizar as doses para a população ainda em janeiro, priorizando a aplicação em profissionais de saúde e idosos. 

Eficácia

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, os casos graves, moderados e internações hospitalares pela covid-19 caíram em 100% após aplicação da vacina.

Já os atendimentos ambulatoriais e casos leves caíram em 78%.

Em coletiva, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que não houve casos graves entre as pessoas que foram vacinadas na fase de testes.  

"Precisamos que a vacina chegue ao braço das pessoas o mais rapidamente possível", afirmou.

Ainda segundo o diretor, uma reunião está prevista para ainda esta quinta-feira com a Anvisa, para o registro emergencial do imunizante.


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