14/08/2015 às 17h09min - Atualizada em 14/08/2015 às 17h09min

Merkel viaja ao Brasil para primeira cúpula bilateral

TERRA

A chanceler alemã, Angela Merkel, partirá na próxima quarta-feira ao Brasil com vários de seus ministros para presidir ao lado de Dilma Rousseff as primeiras consultas intergovernamentais entre as potências europeia e sul-americana.

A cooperação comercial, tecnológica e meio ambiental serão os eixos prioritários da cúpula bilateral, informou hoje a porta-voz adjunta do governo alemão, Christiane Wirtz, que destacou que Merkel viajará acompanhada por seis de seus ministros.

Trata-se das primeiras consultas intergovernamentais entre Brasil e Alemanha, de acordo com o formato estabelecido por Berlim com alguns de seus parceiros da União Europeia, como a França, Espanha, Itália, Polônia e Holanda, e, fora do âmbito europeu, com os EUA, China, Israel, a Índia e Rússia.

No curso da visita serão assinados vários acordos e não está previsto que Merkel seja acompanhada de alguma delegação empresarial alemã, embora a chanceler já confirmou que se reunirá no Brasil com representantes do âmbito econômico e empresarial.

Assistirão às consultas os ministros de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier; de Saúde, Hermann Gröhe; do Meio Ambiente, Barbara Hendricks; de Agricultura, Christian Schmidt; de Transportes, Alexander Dobrindt, e de Cooperação, Gerd Müller, assim como a secretária de Estado de Cultura, Monika Grütters.

Não viajará com a chanceler, por outro lado, o titular de Economia e vice-chanceler, Sigmar Gabriel, por questões de agenda.

Está previsto que a estadia de Merkel no Brasil se prolongue por 23 horas, durante as quais não deve se reunir com representantes da oposição.

O núcleo da agenda oficial se concentrará na quinta-feira, quando vai acontecer a cúpula entre Merkel e Dilma.

A visita da dirigente alemã está emoldurada, por parte europeia, no processo de aprovação do terceiro pacote de resgate à Grécia, o que previsivelmente vai acontecer.

Por parte do Brasil, a visita se produz no meio de um clima de tensão pelas manifestações maciças convocadas em protesto pelos escândalos de corrupção que atingem o governo Dilma.

Apesar das dificuldades, de um e outro lado, o Executivo alemão se propõe a dar uma nova dimensão às relações bilaterais com o Brasil, através do formato de consultas intergovernamentais que Berlim reserva a seus parceiros privilegiados, seja por razões de vizinhança, de proximidade política ou de interesse econômico.

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