Em apoio à Vigilância Sanitária, agentes comunitários de saúde foram as ruas, no final de semana, fiscalizar o cumprimento do isolamento social por parte daqueles que estão infectados com o Coronavírus (Covid-19) em Coxim.
Apesar de todo apelo que tem sido feito pelas autoridades em saúde, da indignação por parte da população desde que o Edição MS fez a primeira reportagem denunciando o descaso de alguns pacientes, a fiscalização ainda constatou quebra de isolamento por parte de quase 12% dos infectados fiscalizados.
No sábado e domingo os agentes conseguiram visitar 58 residências e em sete não encontraram os pacientes, que estavam cientes da necessidade de isolamento. Sabe onde eles estavam? Nas farmácias, supermercados e em chácaras, com as desculpas mais esfarrapadas que você possa imaginar, colaborando com o contágio da doença em Coxim.
Os agentes fizeram termos de constatação e encaminharam junto com as fichas dos pacientes para a Vigilância Sanitária. Agora, os documentos são analisados por fiscais para emissão de autos de infração. Cada autuado tem 15 dias para apresentar defesa. Após o julgamento, o processo é encaminhado à procuradoria-Jurídica que, por sua vez, remete ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Fica a dica
Está enganado quem acredita que a quebra de isolamento não dá em nada devido ao tempo necessário para os tramites legais. Quando menos esperar os desobedientes vão receber intimações para comparecimentos na promotoria, podendo os mesmos responder por até três crimes contra a saúde pública, com penas de prisão de até quatro anos.
Números
Conforme o boletim epidemiológico de número 432, publicado na tarde de domingo (30), Coxim tem 200 casos ativos de Coronavírus e 82 suspeitos. Ao todo, 3.113 já se infectaram, mas 2.842 se recuperaram. Os óbitos são 71. O município está na bandeira vermelha do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), que indica grau alto de contágio. Por conta disso, a Prefeitura decretou mini lockdown aos fins de semana e feriado, além de toque de recolher das 21 às 5 horas.
Nota da redação
As imagens usadas para ilustrar a reportagem são da fiscalização, não sendo, necessariamente, de residências onde as quebras foram constatadas.
