15/08/2015 às 11h02min - Atualizada em 15/08/2015 às 11h02min

Suspensa análise sobre continuidade de pedido de cassação de Dilma

CORREIO DO BRASIL
A análise do agravo foi suspensa quando o placar marcava 2 votos a 1 pela continuidade do processo

O Tribunal Superior Eleitoral suspendeu nesta quinta-feira a análise do agravo proposto pelo PSDB pela continuidade de uma ação que pede a cassação da presidenta Dilma Rousseff por suposto abuso de poder na campanha eleitoral do ano passado.

A análise do agravo foi suspensa quando o placar marcava 2 votos a 1 pela continuidade do processo. Se acolhido o agravo, a ação pedindo a cassação da presidente e de seu vice Michel Temer terá andamento com a apresentação dos argumentos da defesa e dos que propuseram a ação, além de posterior análise pelo plenário da corte.

Na noite de quarta-feira, a presidenta Dilma Rousseff, em entrevista ao SBT, disse não ver mais condições de ocorrer um golpe de Estado no Brasil, “apesar de existir ainda no país a cultura do golpe”.

– Eu vejo uma tentativa bastante insipiente e muito artificial de criar clima desse tipo – disse a presidenta durante entrevista.

Ao falar sobre renúncia, a presidenta afirmou que essa possibilidade não existe.

– Por que eu jamais cogito de renunciar? Porque não é possível que alguém, discordando de algum processo ou de alguma política, pretenda tirar um representante, no caso a presidenta legitimamente eleita pelo voto popular – afirmou.

Dilma afirmou ainda que é humana para assumir os erros que cometeu, mas que eles não são “justamente” os que são apontados pelos comentaristas políticos.

– Eu acredito que devia ter me esforçado ainda mais para garantir que o Brasil não tivesse tantas amarras para investir, no caso da infraestrutura. Eu poderia ter, é difícil fazer, mas poderia ter me empenhado mais, para fazer mais coisa. Sempre se pode empenhar mais – disse ao responder pergunta sobre o que consideraria erros do seu primeiro mandato.

Ao ser indagada sobre as manifestações do próximo domingo contra o governo federal, Dilma disse que conviver com as diferenças é normal em uma democracia.

– O que temos de evitar é a intolerância. Ela leva a conflitos que não têm solução, divide país – disse.


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