12/09/2021 às 11h13min - Atualizada em 12/09/2021 às 11h13min

Pix Saque e Pix Troco começam dia 29 de novembro

Novas modalidades do Pix vão facilitar as transações financeiras, permitindo saques em dinheiro em lojas e padarias

REDAÇÃO
O ESPECIALISTA
Agência Brasil

As novas modalidades do Pix, o Pix Saque e o Pix Troco, estarão disponíveis a partir do dia 29 de novembro, informa o Banco Central. Com elas, será possível fazer saques em dinheiro em padarias e no comércio em geral.

Segundo a autoridade monetária, estabelecimentos comerciais e redes de caixas automáticos compartilhados poderão oferecer o Pix Saque. Os caixas dos bancos também terão a opção.

Para ter acesso ao saque em dinheiro, basta que o cliente faça um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.

No Pix Troco, a dinâmica será praticamente idêntica, sendo que a diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser realizado durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. O Pix será feito pelo valor total (compra e saque).

Pix Saque e Pix Troco serão opcionais

A oferta das novas modalidades de pagamentos é opcional. As operações terão limite de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 entre 20 horas e 6 horas, mas os ofertantes poderão trabalhar com limites menores, se desejarem.

“A adoção do Pix Saque e do Pix Troco tem potencial para trazer benefícios para toda a sociedade – cidadãos, pequenos lojistas e estabelecimentos comerciais como um todo. O cidadão passará a contar com mais alternativas disponibilizadas pelo Pix e com mais opções de acesso ao dinheiro físico quando assim o desejar, pois os saques poderão ser feitos em diversos locais (padarias, lojas de departamento, supermercados etc.) e não apenas em caixas eletrônicos”, disse o BC, em nota.

Serviço será isento de tarifas

Para a pessoa física e microempreendedores individuais (MEI), não haverá cobrança de tarifa para o uso do Pix Troco e do Pix Saque em até oito transações mensais.

Já para o comércio que disponibilizar o serviço, as operações do Pix Saque e do Pix Troco representarão o recebimento de uma tarifa que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com o banco.

Segundo o BC, o banco do usuário sacador é quem fará o pagamento da tarifa. “O uso do serviço será totalmente gratuito para o cliente final pessoa física até 8 operações por mês.”

O BC afirmou que a oferta do serviço diminuirá os custos dos estabelecimentos com gestão de numerário, como aqueles relacionados à segurança e aos depósitos, além de possibilitar que os estabelecimentos ganhem mais visibilidade para seus produtos e serviços (“efeito vitrine”).

Como o serviço será remunerado

O banco usado pelo comerciante receberá parte da tarifa recebida pelas operações com Pix Saque e Pix Troco. Por isso, oo Banco Central não faz estimativa de custo para os bancos com a tarifa a ser paga ao comércio nas novas modalidades.

Os bancos vão pagar as tarifas de intercâmbio relativas às operações de seu cliente pessoa física ou microempreendedor individual (MEI), mas receber parte da taxa paga ao comércio, se o estabelecimento for correntista.

Isso já ocorre em todos os tipos de arranjo de pagamento. O que está sendo definido são os custos e os incentivos econômicos atribuídos ao produto, informou o Banco Central.

Com as novas modalidades, o banco, em vez de gastar com a rede de caixas automáticos, pode gastar com a tarifa.

Para o comércio que disponibilizar o serviço, as operações do Pix Saque e do Pix Troco representarão o recebimento de uma tarifa que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com o banco. Segundo o BC, o banco do usuário sacador é quem fará o pagamento da tarifa.

Para a pessoa física e microempreendedores individuais, há gratuidade em até oito operações por mês, contando conjuntamente com os saques tradicionais.

A tarifa prevista para o comércio ofertar o Pix Saque e o Pix Troco deve-se aos custos de implementação da ferramenta, para adaptar sistemas e treinar funcionários.

Sobre a faixa de tarifa que pode ser cobrada, de R$ 0,25 a R$ 0,95, o Banco Central informa que há relação com a realidade diferente de cada estabelecimento.

A gratuidade do Pix Saque e Pix Troco para pessoa física e microempreendedores individuais (MEI) é apenas uma adequação às normas do BC de gratuidade para os saques tradicionais e para transferências por Pix.

Se fosse cobrar Pix Saque do cliente, ele simplesmente não utilizaria. O cliente vai usufruir de gratuidade de saque tradicional também no Pix, explica o Banco Central. (AE)


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »