02/10/2021 às 11h39min - Atualizada em 02/10/2021 às 11h39min

Autora de um dos projetos sobre passaporte da vacina diz que texto passará por ajustes

Audiência pública para discutir projeto foi marcada por clima de tensão

Dândara Genelhú
MIDIAMAX
Henrique Arakaki

Após audiência pública com clima de tensão e discussões, o passaporte da vacina deve sofrer ajustes em Campo Grande. Quem afirmou que o texto será revisado é a vereadora Camila Jara (PT), uma das autoras do projeto.

“As pesquisas mostram que a população é favorável ao passaporte de vacina, agora vamos fazer alguns ajustes no projeto”, disse. Ao Jornal Midiamax, ela lembrou que “infelizmente, a audiência pública que era um meio para construir com a população, foi tomada por pessoas que não querem construir nada”.

Acabou em confusão a audiência pública para debater a exigência do passaporte da vacina, promovida pela Câmara Municipal de Campo Grande na tarde de 27 de setembro. O clima tenso, que já vinha do início da sessão, virou tumulto após a fala do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, que chamou alguns manifestantes contrários à medida de “nazistas e fascistas”.

O projeto

Protocolado na Câmara dos Vereadores de Campo Grande em 24 de agosto, o Projeto de Lei (PL) prevê a obrigatoriedade da carteirinha de vacinação contra Covid-19 para diversas atividades. Dentre elas estão espetáculos culturais, artísticos e esportivos realizados no âmbito público ou privado da Capital.

Assim, deverão exigir a carteirinha de vacinação setores públicos do município, creches e instituições do ensino fundamental. A medida deve ser adotada para pais, professores, funcionários e de prestadores de serviço.

Para obter um documento público ou se inscrever em um concurso, o campo-grandense também deverá apresentar carteirinha de vacinação. De acordo com o projeto, o intuito é promover o incentivo à imunização contra a Covid-19.

Por fim, a carteirinha também é necessária para ter acesso e participação em ações, projetos e programas de incentivos artísticos, culturais, esportivos, de habitação, acesso a incentivos fiscais, ao microcrédito, ao cadastro de trabalhadores para intermediação de vagas de emprego mantidos pela Funsat. Quem pretende fornecer produtos ou prestação de serviços e demais relações com poderes públicos municipais, inclusive de cooperação e parceria técnica, deve ficar atento ao comprovante de imunização.

Até mesmo quem ganhar um prêmio, homenagem, tributo, consagração e condecoração no município, deverá comprovar a vacinação para levar o título para casa. A proposta foi protocolada pelos vereadores Camila Jara (PT) e Ayrton Araújo (PT).


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