Foto: Divulgação.Com um pouco de dinheiro guardado, muita gente tem dúvida de como investir, principalmente com a situação de crise que continua ganhando volume. Com o futuro da economia incerto, o senso comum recomenda fazer investimentos mais conservadores, que oferecem menos riscos.
“Isso é característica principalmente do pequeno ou médio investidor, que não tem capital para diversificar. Ele ouve falar de crise e tem aversão a risco, é natural”, explica o economista Pedro Afonso.
Embora a opinião da maioria possa ser enganosa, o especialista afirma que essa é realmente a atitude mais acertada. “O atual cenário econômico apresenta vantagens para os investimentos mais conservadores, justamente por uma questão de taxa de juros, que está bem alta”, justifica.
Com a taxa Selic a 14,25% ao ano, os investimentos de renda fixa são os mais atrativos, indica Pedro Afonso. Enquadram-se nessa categoria o CDB (Certificado de Depósito Bancário), a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e LCI (Letra de Crédito Imobiliário), os títulos públicos do Tesouro Direto e a poupança – esta última menos rentável que os demais, mas sem carência de retirada, que em outras modalidades pode ser estipulada em meses ou anos.
Na hora de colocar o dinheiro em uma destas opções, porém, o economista alerta para não apostar em títulos com ganhos pré-fixados.
Pedro Afonso explica que a melhor opção para quem não tem tanto dinheiro são os produtos com rendimento pós-fixados, que oscilam conforme a taxa de juros, porque a pessoa pode recorrer ao investimento antes do vencimento, por exemplo, para ajudar na compra de uma casa ou sanar uma dívida.
“Se ela faz pré-fixado, a taxa de juros pode estar mais alta na data da venda, então ela vai ganhar menos, já que seu título é menos atrativo que outros”, explica. “Por isso, para o pequeno investidor eu sempre recomendo os pós-fixados.”
