27/08/2015 às 14h41min - Atualizada em 27/08/2015 às 14h41min

Dólar opera em queda nesta quinta-feira, abaixo de R$ 3,60

Mercado vê menos chance de alta de juros nos EUA agora. Na véspera, moeda terminou o dia cotada a R$ 3,60, em queda de 0,19%.

G1
Foto: Divulgação.

O dólar operava em queda ante o real nesta quinta-feira (27), em meio a expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, possa postergar o aumento de juros que era esperado para setembro devido às turbulências financeiras globais provocadas por preocupações com a economia chinesa.

Às 13h40, o dólar recuava 1,44% na venda, cotado a R$ 3,5495. Veja a cotação. 

Às 9h09, caía 0,38%, cotado a R$ 3,5874.
Às 10h10, caía 1,01%, cotado a R$ 3,5650.
Às 11h19, caía 1,16%, cotado a R$ 3,5596.
Às 11h49, caía 1,33%, cotado a R$ 3,5535.
Às 12h39, caía 1,29%, cotado a R$ 3,5550

 

"Declarações de autoridades diminuíram o foco (em uma alta dos juros nos EUA) em setembro", afirmaram analistas do Scotiabank em nota a clientes, referindo-se ao pronunciamento do presidente do Fed de Nova York, William Dudley, de que o início do aperto monetário no mês que vem passou a ser "menos convincente" do que há algumas semanas diante das turbulências nos mercados.

A manutenção de juros baixos na maior economia do mundo sustentaria a atratividade de papéis de países como o Brasil. Essa expectativa ofuscou até mesmo o crescimento acima do esperado da economia norte-americana no segundo trimestre, divulgado nesta manhã, uma vez que operadores consideraram que o dado não reflete o impacto da volatilidade recente nos mercados globais.

No Brasil, contribuía para o alívio do câmbio o cenário interno um pouco mais positivo. Operadores citavam a concessão pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de mais 15 dias para o governo federal explicar pontos adicionais sobre as contas de 2014 e declarações da agência Moody's que sugeririam que o Brasil não deve perder seu selo de bom pagador.

Outro fator importante para explicar a queda do dólar ante ao real nesta sessão são as expressivas altas recentes. Segundo operadores, o movimento não só abriu espaço para ajustes de carteira, como também levou investidores a especularem sobre possível aumento na intervenção do Banco Central.

A divisa dos EUA acumulou alta de 5,16% sobre o real neste mês até a véspera e foi às máximas em mais de 12 anos, em um movimento que teve como pano de fundo a profunda queda das bolsas chinesas, que reverberou nos mercados em todo o mundo. Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação, pois encarecem importados.

"O dólar é assim mesmo: dá dois passos para frente e um para trás, porque sabe que o BC está de olho", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Véspera
Após chegar a bater R$ 3,65 mais cedo, o dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (26), depois de três pregões seguidos de alta, mas continuou no patamar de R$ 3,60.

A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 3,6014 para venda, em baixa de 0,19%.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes à venda futura de dólares.


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