01/12/2021 às 10h59min - Atualizada em 01/12/2021 às 10h59min

Variante Ômicron foi encontrada na Holanda antes de anúncio da África do Sul

Autoridades de saúde do país coletaram amostras da variantes nos dia 19 e 23 de novembro

Kelen Bueno
MIDIAMAX
Foto: Reuters

Cientistas encontraram amostra da variante ômicron, do novo coronavírus, nos dias 19 e 23 de novembro na Holanda, antes do do anúncio da descoberta dos primeiros casos da cepa na África do Sul, em 25 de novembro, e da descoberta de passageiros infectados em voos do país africano que chegaram à Holanda um dia depois.

Segundo o site NEXO, na sexta-feira (26), testes indicaram infecção pelo novo coronavírus em cerca de 61 dos mais de 600 passageiros que haviam chegado naquele dia ao aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, em voos de Johanesburgo e da Cidade do Cabo. Os viajantes entraram em quarentena logo depois que o vírus foi detectado. Ao menos 14 dos infectados carregavam a nova variante, segundo o Instituto Nacional de Saúde Pública da Holanda.

Segundo o órgão, ainda não está claro se as pessoas infectadas com a ômicron que tiveram amostras coletadas em 19 e 23 de novembro visitaram a África do Sul. A informação é importante para saber se já há transmissão comunitária da variante no país. Autoridades buscam encontrar e testar outros cerca de 5.000 passageiros que chegaram à Holanda de viagens da África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia ou Zimbábue nos últimos dias.

A descoberta da ômicron gerou preocupações em todo o mundo devido à possibilidade de resistência da cepa às vacinas, o que poderia levar a um prolongamento da pandemia. União Europeia, Estados Unidos e países como o Brasil suspenderam voos de países do sul da África. Todos os continentes já registraram casos da nova variante. O Brasil registrou os primeiros casos na terça-feira (30), em brasileiros que vivem na África do Sul e também chegaram ao Brasil antes de 25 de novembro.

Na Holanda, medidas mais duras de combate à covid-19 entraram em vigor no domingo (28) para conter as taxas de infecções diárias, que estão em patamar recorde de mais de 20 mil casos. As ações também buscam aliviar a pressão do novo coronavírus sobre os hospitais. A Europa vive uma nova onda da doença devido à flexibilização precoce de medidas como o distanciamento e o uso de máscaras e à recusa de parte da população em se vacinar.


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