29/12/2021 às 13h21min - Atualizada em 29/12/2021 às 13h21min

Com 42 casos e 1 morte por H3N2, Campo Grande terá reforço de 120 médicos em unidades de saúde

Prefeito anunciou a instalação de 'tendas' para atender procura 'assustadora' de pacientes no município

Gabriel Maymone e Anna Gomes
MIDIAMAX
Marcos Ermínio / Midiamax

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), anunciou na manhã desta quarta-feira (29) a criação de tendas como forma de prevenção ao crescente número de casos de H3N2. O município iniciou a semana com 10 confirmações e já está com 42 pessoas infectadas e 1 morte.

Conforme o prefeito, serão contratados 120 médicos para atuarem em 20 consultórios que serão montados em 10 unidades de saúde 24h (UPAs e CRSs). "Prevenção e cautela para que a gente não tenha contratempo, como estamos vendo em algumas capitais do país", avaliou o prefeito.

As tendas serão climatizadas e devem ser instaladas nos próximos dias. Marquinhos afirmou que as publicações ocorrerão "em breve" no Diário Oficial. "Nós estamos vendo o aumento muito grande de doenças respiratórias em todo país e também preocupa nossa saúde. Nossa [rede de saúde] teve uma procura assustadora. Temos que dar ao cidadão conforto e prioridade", afirmou.

O óbito registrado em Campo Grande foi de um jovem, de 21 anos, que deu entrada no CRS Nova Bahia no dia 20 de dezembro e faleceu no dia 21 de dezembro. O paciente morava em Campo Grande e não apresentava histórico de comorbidades.

A outra morte registrada em Mato Grosso do Sul é de uma idosa de 76 anos, moradora de Corumbá, que morreu após ficar internada por 8 dias. 

Sem pânico

De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, José Mauro Filho, não existe motivo para ‘pânico’, pois a atualização da vacina que previne contra a H3N2 já deve acontecer logo nos primeiros meses de 2022.

“Em março ou abril de 2022 já vai ter remessa de vacinas para a nova cepa. Não é uma situação de pânico como estamos observando”, explicou.

“Tem muita gente em busca do teste para H3N2 e eu sei de onde está vindo essa orientação. Temos unidades sentinelas para saber que o vírus está circulando em Campo Grande. Não é prerrogativa do Ministério da Saúde testar a população para a H3N2, o que existe é o comércio privado oferecendo o teste para uma questão comercial”.

Já o assessor militar da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Marcello Fraiha, também reforçou a não necessidade de pânico. “Estamos observando a nossa série histórica de influenza aqui no Estado, desde o ano de 2009. No ano de 2016 chagamos a registrar até 116 óbitos, porém este ano registramos dois óbitos”.

Surto de H3N2

O Ministério da Saúde divulgou que em todo o país são 456 registros e 30 mortes da doença.

Os surtos de gripe pelo país têm sido causados pela variante Darwin do vírus, identificada primeiro na Austrália. A cepa é uma mutação recente e a vacina contra gripe aplicada atualmente no Brasil não protege contra essa variante específica.

 

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