11/03/2022 às 19h17min - Atualizada em 11/03/2022 às 19h17min

Mato Grosso do Sul é o que tem menos devedores no Serasa na região Centro-Oeste

Em compensação, o Estado está em 8º lugar no ranking nacional do nome sujo na praça

Elias Luz
MIDIAMAX
Marcos Morandi/Midiamax

Mato Grosso do Sul tem 924.027 cidadãos com o nome sujo na praça, é o que tem menos devedores na região Centro-Oeste e está em 8º lugar no ranking nacional de inadimplência divulgado pela Serasa – a Centralização de Serviços Bancários. O índice de inadimplência das pessoas físicas de Mato Grosso do Sul agora está em 44,28% - acima da média nacional, que agora está em 40,3%

Por capital, a situação relativa aos Estados da região Centro-Oeste é diferente. Se por Estado, Mato Grosso do Sul goza de ter a situação de menos devedores, por capital Campo Grande tem mais endividados que Cuiabá. Segundo a Serasa, são 372.004 devedores em Campo Grande, enquanto que em Cuiabá são 271.392 cidadãos com o nome sujo na praça. Por estado, o valor médio da dívida de Mato Grosso do Sul é o maior da região Centro-Oeste, com R$ 1.379,00, seguido por Goiás, com R$ 1.285,00; Distrito Federal, com R$ 1.279,00 e Mato Grosso, com R$ 1.083,00.

O montante devido por Mato Grosso do Sul também é o menor da região Centro-Oeste. Em Goiás, o total da dívida dos inadimplentes com contas atrasadas há mais de 90 dias é de R$ 8,7 bilhões, seguido pelo Distrito Federal com R$ 6,7 bilhões, Mato Grosso com R$ 5,4 bilhões e Mato Grosso do Sul R$ 4 bilhões. Já o valor médio da dívida por inadimplente em Mato Grosso do Sul é o segundo maior da região Centro-Oeste, com R$ 4.380,25, sendo superado apenas pelo Distrito Federal com R$ 5.940,57. Em Mato Grosso, o valor médio da dívida por inadimplente ficou em R$ 4.360,30 e em Goiás a cifra é de R$ 4.092,41.

Na região Centro-Oeste, o número de inadimplentes chegou ao maior pico da história da série publicada pela Serasa, com 5,43 milhões de devedores.  O total devido na região é de R$ 24,9 bilhões. Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão no “Top 10” dos maiores devedores do Brasil. Neste caso, só Goiás ficou de fora. Na região Centro-Oeste, outro dado chama a atenção: 52,8% dos devedores são mulheres. Os homens representam 47,2%, destoando do Brasil, no qual os homens correspondem 50,1% dos devedores, e as mulheres 49,9%.  A maior concentração de devedores está na faixa etária entre 26 e 40 anos.

Números detalham os quantittativos do endividamento na região Centro-Oeste. Fonte: Serasa

No cenário nacional, Amazonas, Amapá e Distrito Federal comandam a inadimplência. O Piauí tem a menor inadimplência do País, com índice de 32,79%. Já no Amazonas, onde foi registrada a maior inadimplência brasileira, o índice é de 52,3%, ou seja, mais de metade da população adulta está devendo. No Brasil, o índice de devedores está na faixa etária entre 26 e 40 anos, com 35,6%, seguido do público com idade entre 41 e 60 anos, com 34,4%. Os bancos e os cartões de crédito correspondem a 28,4% das dívidas, seguido das contas de água, luz e gás, com 20,1% e comércio com 16,4%.

Em todo o Brasil, segundo a Serasa, o número de inadimplentes está agora em 64.817.442 – o maior dos últimos doze meses, com alta de 1,32% em relação ao mês anterior. O total de dívidas 219,5 milhões – número que sofreu elevação de 2,77%. O valor médio da dívida por pessoa agora é de R$ 4.022,52, o que significa uma subida em 2.13%. O valor médio de cada dívida subiu 0,71%, chegando R$ 1.187,82. Já o montante devido alcançou o valor astronômico de R$ 260,7 bilhões.

De acordo com Ana Vieira, especialista da Serasa, a inflação acima de dois dígitos – no caso de 10,06% no acumulado dos últimos doze meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) -, o índice de desemprego ainda acima dos 12 milhões, a queda da renda média para R$ 2.449, a menor desde 2012; os 38,9 milhões de brasileiros no mercado informal, a taxa de juros da Selic (Serviço de Liquidação e Custódia) de 10,75% ao ano e, agora, a disparada dos preços dos combustíveis e commodities são os fatores da permanência do gigantismo da inadimplência no Brasil.


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