19/03/2022 às 14h27min - Atualizada em 19/03/2022 às 14h27min

Com 4 dedos, menino ganha novo polegar após transplante do indicador na Santa Casa de Campo Grande

Cirurgia foi realizada para criação do polegar e dar a função de pinça à mão da criança

Ranziel Oliveira
MIDIAMAX
Divulgação / Santa Casa de Campo Grande

Uma criança de seis anos passou por cirurgia de ‘Policização do Indicador’ – técnica que cria um novo polegar a partir do dedo indicador, e dá a função de pinça à mão. Essa é a segunda vez que o menino realiza o procedimento na Santa Casa de Campo Grande. A primeira aconteceu em 2020, na mão direta, e por conta do resultado da operação, foi realizada também na mão esquerda, no último sábado (12).

De acordo com o médico ortopedista responsável pelo procedimento, Dr. Felipe Roth, a criança nasceu com uma deformidade congênita da mão. “Ele tinha um pedaço do polegar existente, mas não funcionava. Foi uma deformação no tubo neural”, explicou o profissional. “E para resolver a gente transplantou o segundo dedo para a posição de polegar”, complementou.

Por meio da cirurgia, foram feitas alterações nas estruturas óssea, muscular e dos tendões da mão do menino. A intenção do procedimento é deixar o membro mais funcional, já que o dedão é responsável por 40% a 60% do movimento da região. “Agora ele conseguirá escrever, pintar e pegar objetos, além de aumentar a qualidade de vida”, afirmou o médico ortopedista.

Após este período ele irá passar por tratamento com terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. “Grande parte das pessoas têm um desconhecimento do que é possível ser feito e a cirurgia da mão é uma subespecialidade médica que proporciona possibilidades de recuperações de funções da mão que outras especialidades não possuem”, argumentou Dr. Felipe Roth.

Primeira cirurgia

Em 2020, após a alta hospitalar da cirurgia feita na mão direita, o menino usou durante oito semanas uma órtese e, em seguida, realizou acompanhamento com profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional para ativar a função motora do dedo. Ao todo, foram quatro meses de acompanhamento pós-cirúrgico até ser liberado e seguir com a vida normal. Saiba como foi realizada a primeira cirurgia clicando aqui.


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